Festival de hip hop traz dança de rua para Curitiba

Mais de 1.400 bailarinos e um público estimado em 50 mil pessoas irão transformar Curitiba, a partir de amanhã até domingo, na capital brasileira da dança. Trata-se do III Festival Internacional de Hip Hop, que acontecerá na Ópera de Arame. Entre as diversas apresentações, o evento abre, por meio de workshops com renomados professores de dança de rua, a preparação de professores/bailarinos para que possam trabalhar com grupos carentes dos grandes centros populacionais do País e de levar a arte como fonte de informação e transformação social.

“O objetivo é de colocar o Paraná no cenário internacional do mundo da dança, considerando, principalmente, que o Brasil tem um grande potencial para esta modalidade”, explica o organizador do evento, o bailarino Wanderlei Lopes. Segundo Wanderlei, cresce no Brasil a procura pelo estilo hip hop, que é a demonstração cultural da dança de rua, inicialmente exercitada pela comunidade negra e pobre americana como forma de protesto.

Hoje, na opinião dos organizadores do evento, se faz necessário um encontro no Brasil para discutir a própria modalidade, sua linguagem e expressão, que fará o aprimoramento cultural na forma de arte popular. “Esta é a nossa proposta”, reforça o organizador. “Abrir espaço para que esta dança agregue valores próprios a seus aficcionados e além disso, de incentivar a arte da dança, da performance, o festival vai preparar professores para atuar em centros populacionais do País”.

O festival conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio da 96 Rádio Rock, Restaurante Bar do Vítor e Restaurante Vegetariano Green Life.

Bailarinos de renome

O espetáculo artístico traz este ano renomados professores e coreógrafos internacionais, com workshops exclusivos. Frank Ejara, Octávio Nassur, André Pires e Carini Pereira – brasileiros; Byron – da Itália; Brian Green e Gabriel Francisco – dos EUA, estarão dando aulas, ministrando os workshops e incentivando a todos na melhoria das técnicas usadas para performances artísticas.

Brian Green, mais conhecido como Footwork, coreógrafo, professor e bailarino, que começou a dançar aos 8 anos, estudou tap, jazz, ballet, dança moderna, por cinco anos com Phil Black, no Alvin Ailey American Dance Theatre e Joefrreys Ballet. Em sua carreira, Brian tem coreografado e dançado com artistas como Mariah Carey, MYA, Foxy Brown, Missy Eliott, Salt ‘n’ Pepa, Busta Rhymes, Barbara Tucker, EVE, Kraze, MAW (Masters at Work), entre muitos outros.

Byron, da Itália, começou em 1984, com a difusão do movimento hip hop em Paris, iniciou os estudos das técnicas da escola velha de break, lock e pop.

O espírito do festival é trabalhar no sentido de incentivar a arte da dança, da performance individual e coletiva, na interpretação coreográfica e enriquecimento cultural dos seus elementos musicais. A importância do estilo hip hop é a abertura de várias vertentes artísticas, permitindo assim aos jovens se manifestarem de várias formas: canto, música, dança, pintura, escultura, entre outros.

Voltar ao topo