Doença de Alzheimer tem sido tema de obras marcantes

Julianne Moore levou seu Oscar por Para Sempre Alice. Julie Christie quase repetiu seu prêmio da Academia por outra mulher que sofre de Alzheimer em Away From Her. Premiada em 1965 por Darling, a Que Amou Demais, de John Schlesinger, Julie virou uma estrela internacional, e um ícone dos anos 1960, como a Lara de Dr. Jivago, de David Lean. Nas décadas seguintes, tornou-se uma atriz bissexta, participando de poucos filmes. Em 2006, o papel de Fiona Anderson em Longe Dela lhe valeu 20 prêmios de associações de críticos nos EUA e na Inglaterra. Ela também foi indicada para o Oscar, o Globo de Ouro, o Bafta, o Spirit, mas não ganhou nenhum.

Como cinema, o filme de Sarah Polley é melhor do que o da dupla Richard Glatzer/Wash Westmoreland, que assina Para Sempre Alice. Sarah, ela própria atriz, conta a história dessa mulher que, após 44 anos de casamento, começa a desenvolver os sintomas de Alzheimer. Internada num clínica, ela não tem consciência do que ocorre com sua memória, mas, para o marido, o efeito é devastador, principalmente quando ele vê a mulher se ligar a um outro paciente.

O grande diferencial de Para Sempre Alice é que a linguista interpretada por Julianne é diagnosticada precocemente com a doença aos 50 anos, e o mesmo ocorreu com um dos diretores, Glatzer, que não deixa de estar exorcizando o que sabe que vai ocorrer com ele. Considerando-se o tom até autobiográfico, é uma penas que o filme não seja intenso nem visceral como poderia ser.

Outro foco no Alzheimer de uma pessoa idosa foi proporcionado pelo austríaco Michael Haneke em Amor. O filme venceu a Palma de Ouro em Cannes e os Oscars de filme estrangeiro e roteiro. Interpretado por Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva, virou um sucesso planetário, mas longe de ser uma unanimidade. O inferno de um casal quando a mulher sofre de Alzheimer é mais sobre a misantropia do diretor do que sobre a doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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