Celebridades

Bruno Gagliasso diz que Inácio é o seu personagem mais complexo

Foto: Divulgação/Memória Globo

Quando Bruno Gagliasso chegou no estúdio onde faria teste para Celebridade levou um baita susto. É que todos os outros candidatos ao papel de Inácio tinham cabelos cacheados, olhos castanhos e um tipo físico bem diferente do dele. Afinal, estavam à procura de alguém que convencesse como filho do personagem de Marcos Palmeira. “Na hora eu pensei: ?Meu Deus, o que é que estou fazendo aqui?? Só não dei meia volta e fui embora porque sou muito teimoso!”, exagera. A insistência valeu a pena. Bruno agradou tanto na pele de Inácio que faturou o papel – “apesar dos olhos azuis”, como faz questão de enfatizar. O jeito, então, foi a produção encomendar lentes de contato coloridas para Débora Evelyn, que encarna a obsessiva Beatriz, mãe do rapaz.

Bruno considera Inácio o personagem mais complexo que já interpretou. Até porque ele enfrenta consecutivos maus momentos, agravados pela rejeição da mãe. No início, era apenas um jovem tímido que vivia à sombra do irmão. Com a morte do outro, perdeu a memória e chegou a acreditar que tinha sido o culpado pela tragédia. Entrou em depressão, depois tentou imitar o jeito aventureiro do irmão e quase ficou paraplégico ao saltar de asa-delta. Recuperado do acidente e da amnésia, apaixonou-se por Sandra, (Juliana Knust). Mas, sem esperanças de ser correspondido, cedeu aos encantos da sensual Marlene, (Deborah Secco). Foi por causa dela que Inácio brigou com o avô, Lineu, pouco antes de o personagem de Hugo Carvana ser assassinado – o que o torna um dos suspeitos do crime. “E tudo isso aconteceu até a metade da novela! O Gilberto Braga diz que ainda vou passar por muita coisa”, entusiasma-se Bruno.

O ator conta que não perde uma cena sua em Celebridade, mas admite que não gosta de se assistir. “Vejo defeito em tudo e fico me remoendo, achando que poderia ter feito melhor. Mas esse é o grande barato da profissão. Não vou me acomodar nunca!”, aposta Bruno, que tem como referência velhos astros do cinema como James Dean, Paul Newman e Alain Delon.

O primeiro trabalho de Bruno Gagliasso na tevê foi aos 16 anos e quase por acaso, como conta o ator. Estudante de teatro desde os 14 anos, Bruno titubeou antes de aceitar o convite para integrar o elenco de Chiquititas, gravada na Argentina em 1998. Recém-formado pela Escola de Teatro Leonardo Alves, do Rio de Janeiro, o que ele mais queria era estrear nos palcos. “Na época tive medo de ir para outro país, ficar longe de tudo e abrir mão do teatro. Mas foi uma experiência e tanto”, reconhece o ator de 21 anos. Exibida um ano depois pelo SBT, a novela se transformou em fenômeno. Quando retornou ao Brasil, Bruno mal conseguia andar nas ruas. “O assédio chegou a me assustar, porque eu nem sabia como era a repercussão da tevê, muito menos que a novela fazia sucesso no Brasil”, admite.

Depois de atuar em As Filhas da Mãe, de 2001, e fazer uma participação em Malhação, Bruno foi chamado pelo diretor Jayme Monjardim para viver o corajoso Caetano, da minissérie A Casa das Sete Mulheres.

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