Música

André Abujamra apresenta o seu “não show”

Quem acompanha os trabalhos do multifacetado músico e artista André Abujamra, seja nos Mulheres Negras, Karnak ou solo, sabe que suas apresentações são recheadas de tecnologias e outros aparatos para dar um tempero a mais nos shows.

Porém, o músico resolveu deixar de lado todos esses aparatos e agora aposta em uma apresentação mais intimista com Síntese da essência – não show de André Abujamra, expondo uma outra face de suas obras e apostando no que ele chama de “poesiamusica”. Ao lado de Abujamra, acompanham João Egashira, Melina Mulazani e Ary Giordani.

A intenção de Abujamra é o de dar uma nova abordagem ao seu trabalho e mostrar suas músicas sem muito “barulho tecnológico”. “Eu sempre faço shows com muita gente no palco e com o som muito poderoso. Resolvi então fazer uma apresentação mais delicada e intimista para galera entender minhas composições”, explica.

Ele diz também que seu objetivo é buscar uma cumplicidade e interação com os espectadores. “O ‘não show’ tem a ver com o fato de ser um show que eu falo bastante e as pessoas participam. Tira o lance do artista do palco e o público na plateia, saca? É uma brincadeira bem gostosa. Além disso, o fato de ser ator influenciou esse projeto em que fico mais íntimo do público”, afirma.

O repertório da apresentação vai contar com músicas das mais diversas fases da carreira, conforme informa Abujamra. “Vai rolar músicas de várias épocas minhas, coisas do Karnak, álbuns solo, Mulheres Negras. Enfim uma mistura de tudo o que já compus”, comenta.

Para o “não show”, foram criados arranjos para a formação que acompanha Abujamra (guitarra, percussão, violão e acordeon), que vai dar a possibilidade do público curtir uma sonoridade diversa de seus materiais.

Radicado em Curitiba há três anos, Abujamra já conhece bem o público local, famoso por ser exigente. “Eu me entendo perfeitamente com os espectadores daqui.

A galera é muito musical e presta bastante atenção nos shows. Eu acho muito bom o público curitibano. Na rua até parece mais fechado, mas é sempre muito gostoso se apresentar na capital paranaense”, garante.

Cinema e álbum novo

Uma das diversas faces de Abujamra é o de produzir trilhas sonoras para o cinema nacional. O músico já assinou as composições de filmes como Sábado (1995), Boleiros – era uma vez o futebol (1998), Durval discos (2002), Como fazer um filme de amor (2004) e É proibido fumar (2009).

“Já fiz quase 40 longas metragens. Adoro fazer isso. Acredito que no Brasil eu sou a pessoa que mais fez músicas para o cinema. Existem diversas pessoas boas nessa área. Eu destaco o meu amigo Antonio Pinto, que também tem um grande talento e está fazendo inclusive muita coisa para fora do Brasil”, diz.

Em abril, Abujamra lança mais um CD, intitulado Mafaro que, segundo o artista, significa “alegria” na língua shona, do Zimbábue, na África. “Eu irei fazer um show de lançamento do novo álbum nos dias 2, 3 e 4 de abril, no auditório do Iberapuera, em São Paulo. O material conta com uma pegada bem afrobeat, misturados com coisas do leste europeu e ritmos brasileiros. O conceito dele, como diz o nome, é a aceitação da alegria”, conclui.

Serviço:
Síntese da essência – não show de André Abujamra.
Hoje e amanha, às 21h, e domingo, às 19h, no Teatro da Caixa (Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro).
Ingressos: R$ 10,00 (inteira), à venda na bilheteria do teatro.

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