Uma decisão muito especial para os massagistas

Supercampeão estadual, o massagista Moacir Medeiros encara no domingo mais uma decisão do Paranaense e espera faturar mais um título. Não é para menos. Com experiência de sobra, ele até cancelou a aposentadoria do mundo do futebol para continuar no Coritiba por mais uma temporada, e ao lado de João Miranda pode repetir a façanha de 2004, quando o Alviverde comemorou o primeiro título da história do clube do Alto da Glória em plena Baixada. E mais, apesar da amizade, provoca Bolinha e garante que vai faturar mais essa. Em entrevista o Paraná-Online, ele revela como criou uma confusão naquela decisão em que o artilheiro Tuta mandou a torcida atleticana ficar quieta.

Paraná-Online – O que acontece de diferente antes de um jogo tão importante?

Moacir – Para mim é mais um jogo, só que um jogo final e um Atletiba. Para mim é tudo normal e não tem nada de específico na concentração. O que algum jogador pode pedir na final é uma massagem, fora isso nada mais.

Paraná-Online – Tem algum cuidado especial na concentração?

Moacir – Na concentração, não se fala em futebol, você acredita nisso? Lá, tem videogame, computador e outras coisas, menos futebol. Claro que no dia do jogo se fala, mas quando se concentra na sexta-feira à noite, a diversão é videogame, sábado de manhã tem treino e sábado à tarde tem videogame, a moda agora é videogame. Antigamente se ficava naquela ansiedade, hoje não. Só domingo, quando acordam, todo mundo de cara feia, mas sexta-feira e sábado é normal.

Paraná-Online – É você que vai para a Arena?

Moacir – Normalmente sou eu, nas encrencas.

Paraná-Online – O massagista costuma ser a voz do treinador em alguns momentos, como é que funciona isso?

Moacir – Olha, isso é meio complicado, isso porque a arbitragem proíbe. Às vezes consegue dar um miguezinho, trocar a água do goleiro e consegue dar o recado.

Paraná-Online – Com a acústica da Arena é mais difícil passar recados?

Moacir – É mais difícil dar um recado no Couto cheio do que na Baixada cheia, porque o campo é diferenciado e no mesmo plano eles conseguem ouvir e no Couto eles não conseguem.

Paraná-Online – Como foram essas decisões que tiveram lá em 2004 e 2005?

Moacir – Existe umas malandragens lá, como fechar vestiário, essas coisas, e nem é coisa de presidente, é coisa de funcionário. É besteira porque no fim vai ser campeão quem tem que ser e vai ganhar quem for melhor.

Paraná-Online – Se não tiver água, como é que faz?

Moacir – Não toma banho. Não sei porque se faz tanta confusão. Se não tiver água, cada um pega suas coisas e toma banho em outro lugar.

Paraná-Online – E como foi aquele incidente com o Antônio Lopes em 2004?

Moacir – Naquela época começou a vigorar aquela lei de que um copinho de água fazia a diferença e coisa e tal. De repente, eu vi um negócio marrom, que parecia uma pedra, explodir nas costas do Lopes. E eu acabei empurrando o Lopes para dentro do campo, não sabia o que era e poderia vir outro. Deu aquela confusão toda e no final era um papel molhado.

Paraná-Online – Tem algo mais de pitoresco lá?

Moacir – Não. Fui duas vezes lá, uma fui campeão e outra não. Agora é o tira-teima, mas vou ganhar mais um título em cima do Bolinha, mais um bichinho.

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