Tricolor enche torcida de esperanças. Coxa e Furacão causam preocupação

Se for mantida a curta tradição dos Nacionais por pontos corridos, paranistas devem ficar esperançosos e coxas-brancas e atleticanos apreensivos. Nas edições de 2003 e 2004 – as primeiras com esta forma de disputa -, quase todas as equipes que terminaram o turno inicial no topo mantiveram suas posições. Já os rebaixados eram os que estavam na mesma da ?zona do agrião? onde hoje patina a dupla Atletiba. Ou seja, só houve variações bruscas no pelotão de baixo da tabela.

Nos dois últimos Brasileiros, apenas um dos times que encerraram a primeira metade na zona da Libertadores deixaram de ir ao continental – o Atlético-MG, em 2003, e a Ponte Preta, em 2004. Além disso, os campeões Santos e Cruzeiro, pela ordem, também ganharam o título simbólico do 1.º turno. A maior ascensão rumo à Libertadores foi do São Caetano, que em 2003 saiu do 10.º lugar na primeira metade para o 4.º no final. Assim, o Paraná, 3.º colocado na atual edição, tem boas chances de disputar pela primeira vez o maior torneio da América do Sul.

Na zona do rebolo, o Nacional criou o estigma de ressuscitar quem acabava o 1.º turno como degolado. Goiás e Grêmio, em 2003, e Paraná, Botafogo, Paysandu e Flamengo, em 2004, reagiram na metade final e saíram do sufoco. Destaque para o avanço fulminante do Goiás, que há dois anos trocou a lanterna por um nono lugar no final.

Todos os rebaixados eram equipes que acabaram o 1.º turno na zona do ?agrião?, entre os classificados à Sul-Americana e os condenados à Série B. Os piores foram Criciúma e Vitória, que na primeira metade de 2004 ocupavam a 13.ª e a 16.ª colocação, respectivamente, e acabaram na Segunda Divisão. Coritiba (13.º) e Atlético (15.º) que abram os olhos.

Tendências

O alento para o torcedor rubro-negro é a tradição de time de chegada. O Atlético sempre fez muito mais pontos no segundo do que no primeiro turno (26 x 35, em 2003, e 38 x 48, no ano passado).

Já o desempenho do Coxa é inverso. Embora com menor variação, o Alviverde costuma ser melhor na primeira metade do Brasileiro. Em 2003, caiu de 39 para 34; em 2004, de 33 para 29.

Já o Paraná manteve certa regularidade há dois anos, passando de 35 pontos no 1.º turno para 30 no 2.º. Em 2004, teve grande ascensão (20 para 34), o que garantiu sua permanência na Série A.

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