Tricolor começa a ver zona de acesso de binóculo

O tropeço em Natal fez aflorar novos temores na torcida tricolor. O Paraná Clube segue numa posição vexatória na Série B do Campeonato Brasileiro e a cada semana vê o seu sonho de retornar à elite nacional se esvair.

Jogadores, comissão técnica e diretoria não admitem a fragilidade do grupo, que os números – ao menos no momento – insistem em revelar.

O Tricolor não consegue emplacar uma seqüência de bons resultados e com isso marca passo na zona do rebaixamento à terceira divisão.

O rendimento é de apenas 29%, muito aquém daquilo que se imaginava necessário para o clube se manter ao menos numa posição estável, visando um ?sprint? final, quando estivesse já com seu elenco pronto e fortalecido com algumas peças ainda em fase de recuperação, nos departamentos médico e físico.

Apesar do visível fracasso nas primeiras rodadas da segundona, todos mantêm a posição de que ?o jogo vai virar? e asseguram que na Vila Capanema ?ninguém perdeu o foco?.

Porém, para atingir sua meta, o Paraná precisará demais dos resultados em casa. Ainda mais diante de seu pífio desempenho como visitante. O Tricolor não vence um jogo fora do Estado desde 19 de julho do ano passado, atingindo a incrível marca de 19 partidas sem vencer (foram 4 empates e 15 derrotas).

Destas, apenas uma teve ?sabor de vitória?, já que mesmo perdendo para o Vitória, na Copa do Brasil, o clube se classificou. ?Temos que mudar esse quadro, mas confio muito nesse grupo. Por mais que hoje estejamos desacreditados, acho que temos qualidade e força para mudar essa história?, afirmou o garoto Giuliano.

Nas contas da diretoria, o Tricolor teria que fechar o primeiro turno entre 25 e 27 pontos. ?É muito importante que a gente não perca o contato com o pelotão de frente, pois estaremos muito mais fortes no segundo turno?, acredita o vice de futebol Durval Lara Ribeiro.

Com base nos números das últimas edições da Série B é que ele acredita que ainda é possível acreditar na reação. No entanto, para chegar a essa marca (27 pontos), o Paraná teria simplesmente que duplicar seu atual aproveitamento, chegando a casa dos 60%, nas onze rodadas que restam.

?Destes, seis são em casa. Temos que vencer esses jogos a qualquer custo?, sentenciou Vavá Ribeiro. O comandante do departamento de futebol acredita que com Léo, Cristian, André Luiz, Luís Henrique e – principalmente – Leonardo, o Paraná terá outro perfil. Resta saber se até lá, o clube ainda terá possibilidades matemáticas de pleitear uma das quatro vagas à primeira divisão.

Ainda mais diante do claro fato de que Rogério Perrô terá que formatar esse novo time e encontrar equipe-base e padrão de jogo em meio ao desenrolar da competição. Tudo isso temperado a uma seqüência de jogos decisivos. E, não dá para negar, uma tremenda pressão.

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