Festa bonita

Torcidas apoiam Athletico e Coritiba na Arena e dão um toque a mais no clássico

Torcida do Athletico incentivou o time. Foto: Albari Rosa

O clássico Atletiba, por si só, já é um jogo diferente. Alguns dizem que é um campeonato à parte. Na noite de quarta-feira (10), na Arena da Baixada, o embate entre Athletico e Coritiba estava valendo o título da Taça Dirceu Krüger, a vaga na finalíssima do Campeonato Paranaense e teve de tudo um pouco.

O duelo entre os dois maiores clubes do Estado voltou a ser disputado com as duas torcidas no estádio e, mesmo com um público mediano por se tratar de um clássico e de uma decisão de campeonato, coxas-brancas e atleticanos, dentro dos seus limites, fizeram uma bonita festa no Joaquim Américo. A comemoração ficou com o lado vermelho e preto, que garantiu o título do segundo turno nas penalidades depois do empate em 1×1 no tempo normal.

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Na verdade foi uma disputa de voz nas cadeiras da Arena. Bandeiras, faixas e instrumentos de percussão foram proibidos mais uma vez pela diretoria do Furacão. Mas nada que apagasse a bonita festa das duas torcidas neste último Atletiba da temporada de 2019, e que começou muito antes de a bola rolar.

Fora do estádio, apesar de não ser como de costume, o torcedor rubro-negro fez a tradicional recepção aos jogadores, algo que não pode ser visto na Libertadores. Do lado alviverde, na Rua Coronel Dulcídio, próximo ao acesso à Baixada, os coxas-brancas já gritavam e davam uma amostra do que seria dentro do caldeirão. Um grupo de torcedores, abusando da criatividade, levou uma cabeça de porco para o entorno do Joaquim Américo como provocação ao rival.

Torcida do Coritiba também compareceu à Arena. Foto: Albari Rosa
Torcida do Coritiba também compareceu à Arena. Foto: Albari Rosa

Dentro da Arena, além do apoio aos seus clubes do coração, rolaram também as tradicionais provocações entre as duas torcidas, Vendo o rival pelo segundo ano seguido na Série B do Campeonato Brasileiro, a torcida deitou e rolou com cantos de “ão ão ão, segunda divisão”, durante quase toda a partida.

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Com a bola rolando, o torcedor rubro-negro, diante da atuação inconstante da equipe, perdeu a paciência em alguns momentos do primeiro tempo, mas nada que pudesse atrapalhar o rendimento do Furacão em campo. Já a torcida do Coritiba, que lotou a parte superior do setor Coronel Dulcídio, cantou o jogo inteiro.

O Atletiba pegou fogo em campo no segundo tempo. Os dois times finalmente foram para cima. O Coxa seguiu melhor em campo e os pouco mais de dois mil alviverdes presentes comemoram aos 27 minutos, quando Welinton Júnior marcou. O Verdão seguiu criando as melhores chances, poderia até ter ampliado e definido o título, mas desperdiçou.

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Empurrado pelo seu torcedor, o Athletico, mesmo sem ter jogado bem, foi com tudo para o ataque na base do abafa. Como bom clássico que se preze, o duelo teve a sua definição nos minutos finais. Aos 44, Marquinho empatou a partida e o estádio veio abaixo.

A decisão, então, foi para as penalidades. A cada cobrança uma nova emoção. Alex Muralha, que ficou marcado por não ser pegador de pênalti, até chegou a defender uma cobrança, mas não foi suficiente para o Coritiba garantir o título. O Furacão, então, praticamente perfeito nos pênaltis, converteu sete vezes, garantiu a Taça Dirceu Krüger e fez o caldeirão entrar em ebulição com mais uma conquista.

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