Rei morto, rei posto

Tite vai ao RJ e deve ser anunciado em breve na seleção

Adenor Leonardo Bachi, o Tite. O técnico mais vencedor da atualidade. O campeão da Libertadores e do Mundial pelo Corinthians em 2012. O homem da “titebilidade”. O favorito da maioria. É ele o novo técnico da seleção brasileira – se o anúncio não foi feito ainda, será nas próximas horas. Por volta das 19h30, ele seguiu em voo fretado de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde se encontraria com dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol.

Após longo tempo de “namoro”, enfim o mais moderno dos treinadores brasileiros assume a seleção, e no dia em que a CBF precisa anunciar uma lista de 35 nomes para enviar ao Comitê Olímpico Internacional – a pré-lista para os Jogos Olímpicos.

Este é apenas um dos desafios de Tite e de sua comissão técnica. O principal problema do futebol brasileiro não é ele quem vai resolver, claro. Por mais capaz que seja, não será o técnico a acabar com a crise ética, que só se resolverá com uma limpa geral na cartolagem. Mas nenhum profissional do País é mais preparado para vencer os desafios técnicos da seleção, escancarados desde a Copa de 2006.

Sim, porque primeiro foi a badalação e o pouco interesse do “quadrado mágico” naquele Mundial. Em nada evoluímos até 2010 e fomos eliminados da Copa de forma melancólica, tendo o truculento Felipe Melo como símbolo. E em 2014 acho que nem é preciso comentar.

É necessário um ajuste real do sistema de montagem da seleção brasileira – desde a convocação, sem atrelamentos a esquemas comerciais, até um jogo mais inteligente e dominante, coisa que não conseguimos fazer mais.

Tite não é exatamente um treinador ofensivo. Mas conseguiu ser tremendamente eficiente no Corinthians – e isso sempre com o time ficando mais fraco. Se foi bem com restrições, tem tudo para ir bem com os melhores do País, ainda mais se conseguir convencê-los que para que a fama se amplie, o melhor é jogar bem. Que ele tenha sorte, em nome do futebol.