A imprudência de um torcedor colocou o Atlético no banco dos réus do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), depois de mais de um ano sem ocorrências desta natureza na Arena da Baixada.
A mais recente, em julho de 2009, resultou na perda de mando para Furacão e Coritiba, após a troca de bombas entre as torcidas, no Atletiba do 1.º turno do Campeonato Brasileiro.
Desta vez, o episódio aconteceu no empate por 2 x 2 contra o Fluminense, dia 24 de outubro. A denúncia contra o Rubro-Negro partiu de um torcedor carioca que alegou ter sido atingido por um objeto nas arquibancadas e sofrido uma lesão no dedo da mão.
O Atlético foi denunciado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir -, que estabelece multa entre R$ 100 e R$ 100 mil e perda de mando de campo. O julgamento será hoje, na segunda comissão disciplinar do STJD.
O advogado do clube, Domingos Moro, tentará livrar o clube da multa e de uma punição mais pesada, por se tratar de um caso inusitado. “Este é um processo um pouco diferente, porque a denúncia surgiu de uma procura espontânea do torcedor que teria, segundo ele, sido alvo de um objeto”, explicou Moro, que não descarta uma mudança no julgamento do Furacão, se a defesa não for bem encaminhada.
“Não está afastado que, eventualmente, a pena seja alcançada de perda de mando. Tem que ter muito cuidado para não ter surpresas neste final de campeonato”, alertou.
Moro tentará absolver o Atlético com base na identificação do autor, que teria arremessado um chaveiro. “Essa identificação foi feita. Mandei o material para o STJD, com base no CBJD, que prevê que a identificação já pode livrar o clube, mas o Atlético foi denunciado mesmo assim”, diz.
O advogado apresentará novamente o Boletim de Ocorrência com registro da identificação, bem como uma certidão emitida pela polícia de que o torcedor não fez a representação contra o clube, como deveria ter ocorrido.