Rogério Ceni pega pênalti, faz dois gols e entra pra história

Belo Horizonte – Não fosse Rogério Ceni, o São Paulo sairia de Belo Horizonte com uma derrota. Mas, em uma tarde irretocável, o goleiro são-paulino, além de garantir o empate por 2 a 2 (fez dois gols e defendeu um pênalti), tornou-se o maior goleador da posição no futebol. Agora, soma 64 tentos, dois a mais que o paraguaio Chilavert, até ontem o recordista reconhecido pela Fifa, com 62 gols.

Antes de entrar para a história do futebol, porém, Rogério definiu a história do duelo no Mineirão. O Cruzeiro, que não consegue vencer há seis partidas, contava com a vantagem de 2 a 0 no placar. O São Paulo tinha mais posse de bola, mas pecava na finalização. O Cruzeiro, mais efetivo, aproveitou as chances que teve. Se o goleiro tricolor não tivesse defendido o pênalti sofrido e cobrado por Wagner, aos 37 minutos do primeiro tempo, os mineiros abririam a vantagem para 3 a 0. Uma reação seria praticamente impossível.

Aquela foi a primeira grande ação de Rogério que, aos oito minutos, foi vazado. Em chute cruzado de Francismar, Alex Silva – o zagueiro de 21 anos, que teve a missão de substituir o ídolo Lugano – marcou contra.

O São Paulo, porém, não sentiu o baque da perda da Copa Libertadores, nem o gol. Dez minutos depois, Josué teve boa chance. Aos 27, foi a vez de Danilo chutar para fora. Mas outro contra-ataque cruzeirense foi fatal. Aos 34, Michel fez 2 a 0. O jogo, que numericamente estava ruim para o São Paulo, poderia ter ficado pior. Aos 37, Josué derrubou Wagner na área. Rogério começou a definir a partida, ao defender a cobrança.

Ator principal

De protagonista em seus domínios, Rogério foi ser o ator principal na área adversária. Faltando pouco para o fim do segundo tempo, falta perto próxima do gol de Fábio. O capitão são-paulino, em jogada ensaiada com Souza, fez cobrança perfeita: 2 a 1 para o São Paulo, 63 gols na carreira de Rogério Ceni. E não foi suficiente para o goleiro-artilheiro que, aos 14 minutos do segundo tempo, voltou a encarar Fábio, desta vez na cobrança de pênalti sofrido por Aloísio. Ao marcar pela 64.ª vez, tornou-se, também, o vice-artilheiro do time no Brasileiro, com 4 gols – Ricardo Oliveira e Lenílson têm um a mais.

O Cruzeiro, como não poderia deixar de ser, sentiu a reação tricolor, mas mostrou-se satisfeito com o empate que, por muito pouco, não virou vitória. Aos 46, Alex Dias chutou duas vezes, Thiago mais outra, e Fábio brilhou. Mas não ofuscou a tarde do goleiro adversário.

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