Polêmica

Petraglia compara o Coxa a um golfinho:”pra cima e pra baixo”

O candidato da oposição à presidência do Atlético, Mário Celso Petraglia, foi o entrevistado do programa Jogo do Poder, da CNT, e falou sobre os projetos que tem, sobre a administração atual, sobre a Copa do Mundo e no fim da entrevista aproveitou para cutucar o rival Coritiba.

2001

O ex-dirigente fez uma comparação do crescimento do futebol nos últimos anos e como aumentaram os valores. “Quando fomos campeões em 2001, o nosso treinador (Geninho) ganhava R$ 30 mil reais por mês. Essa administração atual trouxe técnicos por R$ 400 mil, R$ 360 mil reais por mês. Estes gastos tem que ser condizentes com a receita que se ganha”.

Projeto

Petraglia prometeu que em breve o Furacão estará entre os melhores do País. “Tivemos um crescimento muito grande e batemos no teto. Hoje somos o 13º clube do Brasil. Temos um projeto de investimento e de transformação na marca. Não entregamos nosso clube para OAS (construtora), como praticamente todos os estádios foram entregues para um grande empreiteiro.

Faremos esse processo de alavancagem, sem dívidas, e nos próximos anos o Atlético estará entre os principais clubes do Brasil. Chegaremos entre o 5º e 6º com toda certeza. Porque temos um patrimônio que gerará receitas, o melhor CT do Brasil. Aproveitaremos para voltarmos a formar jogadores. Não precisaremos mais vendê-los porque não precisaremos investir mais em patrimônio”.

Mundial de Clubes e tradição

O candidato reiterou que acredita ser possível o Atlético chegar a uma disputa Mundial no Japão. “Prometemos da primeira vez que assumimos que seríamos campeões brasileiros em 10 anos e as pessoas riram. Fomos em seis anos. Por que o Santos pode? Por que o Internacional pode ir para Tóquio? Claro que podemos e seremos campeões do Mundo”, garantiu.

Quando comparado a outros centros, Petraglia disse que o futebol do Paraná  ainda não tem essa tradição e também falou que o Estado participa pouco no futebol. “O nosso futebol não tem a tradição de outros centros. Os times do Rio Grande do Sul e de Minas, por exemplo tem o mesmo patrocinador na camisa, o Banrisul e a BMG. Na nossa aldeia aqui, o autofagismo é fortíssimo. O Estado não participa. Sempre as estatais financiaram em outros estados, mas aqui é proibido. É muito triste. Se os dois (dupla Atletiba) saírem unidos na grande disputa que é patrocínio, televisão, merchandising, podem ser que cheguem lá, na disputa por títulos simultaneamente.

Futebol do futuro

O ex-presidente atleticano relatou que no futuro o futebol será visto ao vivo por muitas poucas pessoas e disse que a tendência é a elitização do esporte. “Na Europa as receitas de bilheteria são cerca de 40% do orçamento. Nunca tivemos essa receita de forma objetiva, substancial no Brasil. Tem muita gente que fala que o futebol é um produto popular, que você vai alijar o pobre dos estádios, mas o pobre já não vai ao futebol no Brasil. Os estádios são muito limitados. Teremos a Arena com 42.500 lugares para uma torcida com mais de um milhão de pessoas. Como fará o Flamengo para acomodar no Maracanã 20 milhões de torcedores? O caminho é para que o espetáculo ao vivo seja caro, porque é limitado. Na televisão deve ser barato para que todos assistam. No Brasil é o inverso. É mais caro o pay-per-view do que o ingresso ao vivo, mas isso se transformará depois com os estádios modernos e o conforto nas praças”.

Allan Costa Pinto

Chapa CapGigante e cutucada no rival Coritiba

Para finalizar a entrevista, Petraglia criticou abertamente os gastos da atual diretoria, principalmente na contratação do uruguaio Morro Garcia, e disse que o Coritiba está ac,ostumado com a segunda divisão e que são como golfinhos.

Primeiramente ele se defendeu quando questionado sobre um áudio, divulgado na internet, em que aparece dizendo que não entende de futebol. “É de uma burrice tão grande da nossa oposição. Eles não têm competência nem para uma análise. Isso ocorreu durante uma reunião, em um contexto, onde eu dizia que sem patrimônio, sem condições de gerar receita não se faz futebol. Para conseguir títulos necessita de condições, de infra-estrutura.

Esse pessoal que eu ajudei a eleger, eles mentem desde o primeiro dia até hoje para esconder a incapacidade. Venderam mais de R$50 milhões em jogadores, receberam antecipado da Globo R$ 20 milhões, referente a até 2015. Tiveram R$ 70 milhões da herança maldita, como eles chamaram, para jogar fora e comprar El Morro e caírem para segunda divisão. Inclusive iremos tentar devolver esse jogador e responsabilizar esse pessoal que assaltou nossos cofres. Não havia necessidade para gastar R$ 17 milhões em um contrato de jogador.

Eles nos jogaram na segunda, para vergonha nossa perante o Brasil. Mas iremos retornar no ano que vem e com a volta para Arena buscaremos o bicampeonato brasileiro”.

O candidato ainda aproveitou para cutucar o rival Coritiba. “Os coxas-branca estão acostumados com a segunda divisão. Eles caem, voltam e caem. Eu sempre brinco que eles são golfinhos, pra cima e pra baixo. Mas é sempre muito difícil cair”, concluiu