Acabou definitivamente a paciência do torcedor do Paraná Clube. O empate em 0x0 diante do Oeste, na manhã deste sábado (1), na Vila Capanema, escancarou as fragilidades do time paranista, que ainda não conseguiu engrenar na Série B e somou sua quarta partida sem vitórias na competição. O baixo público presente no Durival Britto protestou e sobrou principalmente para o atacante Jenison, que passou em branco mais uma vez, e também para o técnico Matheus Costa.

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Mesmo com promoção de ingressos e com a trégua que a chuva deu em Curitiba, o público foi pequeno na Vila Capanema. Pouco mais de três mil pagantes acompanharam mais um jogo ruim do Tricolor. A sequência de resultados ruins, aliás, já transpareceu nas arquibancadas desde o começo da partida.

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Impaciente em alguns momentos, o torcedor acabou deixando o Paraná nervoso em campo. atacante Jenison, que não marca há sete jogos, foi o mais cobrado. O camisa 9 teve algumas chances no primeiro tempo e, quando não se atrapalhava com a bola, acabou parando no travessão. Somente um gol poderia devolver a confiança e a tranquilidade para o centroavante.

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Não foi o que aconteceu. Jenison foi o mais vaiado na saída para o intervalo. Na ‘turma do amendoim’, atrás do banco de reservas, já começaram a surgir as primeiras cobranças sobre Matheus Costa. No segundo tempo, a Vila Capanema virou uma mistura de emoções. Enquanto a torcida organizada empurrava o time paranista, parte do estádio cobrava uma atuação melhor.

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Também na etapa final, vieram reações mais fortes contra o treinador, que foi chamado de burro quando tirou o meia Matheus Anjos para a entrada do atacante Bruno Rodrigues. Já na reta final da partida, quando a placa subiu apontando que Jenison deixaria a partida, parecia um gol na Vila Capanema. Mas assim que deixou o gramado, o atleta foi duramente vaiado e cobrado pelo torcedor.

Torcida do Paraná perdeu a paciência na Vila Capanema. Foto: André Rodrigues

Apesar de até ter uma melhora razoável no segundo tempo, inclusive quando conseguiu o gol da vitória e que foi mal anulado pela arbitragem, já nos acréscimos, os ânimos ficaram mais exaltados. Especialmente o paranista que acompanhou o jogo no setor social, que não poupou críticas, vaias e xingamentos contra Matheus Costa. Cabisbaixo e sem responder, o técnico deixou o gramado vaiado.

Coube, então, ao zagueiro Rodolfo defender publicamente o comandante. Não apenas diante dos microfones, mas também em uma conversa informal com os torcedores que estavam no alambrado protestando. O camisa 4 pediu paciência ao torcedor e afirmou que a responsabilidade é dos jogadores.

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“Quero falar que o Matheus Costa não tem culpa de nada. Nós jogadores temos que assumir a responsabilidade. O Matheus Costa é um cara de caráter, que trabalha firme, mas os resultados não estão vindo”, defendeu Rodolfo.

“O Goiás ganhou o primeiro jogo depois de oito jogos e subiu. É trabalhar firme, ter paciência e acreditar no elenco. O elenco é bom e com certeza vai conseguir o acesso”, concluiu.

Foi com esse clima de cobrança que o Paraná deixou o gramado da Vila Capanema. Sabendo, sobretudo, que precisa mudar seu rumo na Série B para não ver o sonho de voltar à primeira divisão neste ano ficar cada vez mais distante. Nos bastidores, restaram protestos da diretoria contra a arbitragem e o anúncio da saída do executivo de futebol paranista, Mário André Mazzuco, que recebeu um convite do Vasco e vai trabalhar no time carioca a partir da próxima segunda-feira (3).

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