Alívio!

Paraná Clube vai usar dinheiro da venda de Jhonny Lucas pra saldar dívidas

Joia do Paraná Clube, Jhonny Lucas está indo pra Itália. Foto: Geraldo Bubiniak

Com a venda de Jhonny Lucas encaminhada para o futebol italiano, o Paraná Clube pretende usar o dinheiro, de aproximadamente 4 milhões de euros (R$ 17,3 milhões na cotação atual), para equilibrar as finanças nesta temporada, tarefa que não será tão fácil, já que o clube paranaense, em 2018, voltou a conviver com salários atrasados.

A primeira missão da direção é acertar os débitos com o elenco e funcionários. Ao longo do segundo semestre do ano passado, o Tricolor passou a atrasar os vencimentos, conforme apuração da Tribuna, e a promessa de pagamento é justamente com o dinheiro da transação com o volante.

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As pendências variam, mas existem débitos a partir do mês de outubro. Vale lembrar que, em entrevistas passadas, o clube admitiu que tinha uma folha mensal que girava em torno de R$1,2 milhão. Os atrasos referentes a essa questão ultrapassam os R$ 4 milhões.

Apesar da boa venda, o Paraná também não poderá contar com todo o montante da grana de Jhonny Lucas. De acordo com último balanço financeiro, 71% dos direitos econômicos pertencem ao time paranista, mas uma nova renovação de contrato realizada em março de 2018 tem uma cláusula que impede a divulgação dos percentuais, pelo menos, até o próximo balanço. A negociação com a Itália é por 80% dos direitos.

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Dessa transação, 20% do que for de direito do Paraná ficarão no Ato Trabalhista, que consiste em uma intervenção judicial para quitar dívidas na Justiça. O acordo foi firmado no final de março do ano passado e tem duração de um ano, com a possibilidade de renovação se as normas forem seguidas corretamente durante o período.

Além disso, o Tricolor buscou o grupo do empresário Jorge Mendes, que representa entre outros, o badalado Cristiano Ronaldo, para conseguir fazer negócio na Europa pelo meio-campista. A comissão pela intermediação tradicionalmente varia entre 7% e 10%.

Internamente, o clube olha a venda de Jhonny Lucas, assim como um possível negócio de Leandro Vilela para o exterior, como um respiro em seus cofres para 2019 e não com uma força financeira para brigar por sonhos altos. As cotas de televisão para o Estadual são de R$ 600 mil e para a Série B de R$ 7 milhões, ante a mesma quantia pelo Paranaense e R$ 23 milhões na Série A do ano passado.

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Após usar o discurso de lutar pelo acesso depois do rebaixamento no Brasileirão, a narrativa nos bastidores já mudou e o foco é fazer uma temporada tranquila. Se o caminho do torneio caminhar para uma inesperada briga pelo G4, como aconteceu em 2017, o sentimento será de surpresa e não planejamento, ao menos neste início de projeção do ano.

Com dificuldades financeiras, a diretoria não confirmou nenhuma contratação, mas está se mexendo no mercado. O lateral-direito Éder Sciola, os zagueiros Fernando Timbó e Eduardo Bauermann, o volante Kadu, os meias Itaqui e Higor Leite e o atacante Jenison devem ser anunciados. O meio-campista Alejandro Márquez e o zagueiro Matheus Lopes são as outras opções em negociação. O atacante Hugo Cabral, também pretendido, fechou com a Ponte Preta. O Tricolor estreia no Campeonato Paranaense diante do Operário, no dia 20 de janeiro, às 17h.

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