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Paraná Clube segue jejum de vitórias e de futebol

O jovem Jhonny Lucas sofreu para marcar o rapidinho Ferreira. Foto: Albert Egon/M4S

Uma partida que tem como lances mais expressivos uma falta grosseira e uma falha incrível não tinha como ser dos mais empolgantes. Ainda sem mostrar um futebol de qualidade, o Paraná Clube ficou no 0x0 com o Toledo de Paulo Baier na tarde deste domingo (4), no 14 de Dezembro, no Oeste do Estado. O resultado praticamente decreta a eliminação do Tricolor na Taça Dionísio Filho ­com dois pontos e na lanterna do grupo A, só a matemática garante chances de classificação para a semifinal.

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Apostando em um time completamente diferente, numa repetição do rodízio do ano passado, Wagner Lopes escalou um Paraná que nunca tinha jogado junto ­ da equipe que estivera em campo diante da URT pela Copa do Brasil, apenas Thiago Rodrigues, Mansur e Wesley começavam a partida. Alguns titulares, como Alemão, Zé Carlos, João Paulo e Charles, não estavam nem no banco de reservas, preservados para a sequência da temporada.

Seria possível então ver Gabriel Pires fazendo sua primeira partida como titular. Márcio estreava, Wesley faria dupla desta vez com Alex Santana, Vítor Feijão e Lucas Fernandes também ganhavam oportunidades, assim como Diego Gonçalves. Mas as maiores expectativas estavam voltadas para o jovem Jhonny Lucas. A maior revelação do Tricolor nos últimos anos era escalado pela primeira vez como titular no time profissional. Mas improvisado na lateral-direita.

E por isso não se pode avaliar a fundo sua estreia. O garoto de enorme potencial jogou numa posição que não é a dele, tendo que marcar o rápido Ferreira, que foi o melhor jogador em campo, e num calor incessante, com temperatura média de 31°C. Jhonny teve uma atuação regular, sofreu com as cãibras e saiu no decorrer do segundo tempo. Merece ter mais oportunidades, mas jogando na sua posição de origem, onde tanto brilhou nas categorias de base.

Sem entrosamento, o Tricolor teve dificuldades para enfrentar o Toledo, mesmo jogando a maior parte do tempo com um jogador a mais, por conta da expulsão do lateral-esquerdo Anderson Luís. Improvisando Ari Moura no setor, Paulo Baier impediu que Lucas Fernandes e depois Diego Gonçalves ganhassem por ali. No segundo tempo, quando Wagner Lopes decidiu colocar o time no ataque, tirando Wesley e promovendo mais uma estreia, a de Thiago Santos, o meio-campo foi perdido e os donos da casa ficaram perigosamente perto do gol.

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Percebendo que precisava arrumar a casa, o treinador paranista tirou Feijão e colocou Zezinho. Se não fez o time melhorar muito (o Tricolor teve duas chances reais, uma com Lucas Fernandes acertando a trave no primeiro tempo, outra com Felipe Augusto perdendo na cara do gol no finzinho do jogo), pelo menos equilibrou as coisas no meio e evitou a derrota, inclusive depois da expulsão de Alex Santana. Mas isso é pouco, e o resultado é que o Paraná fechou seu quinto jogo em 2018 sem vencer. Se a classificação na Copa do Brasil alivia a pressão, a falta de um bom futebol segue preocupando.

Ah, esqueci. Os lances que resumem o jogo. A falta grosseira é a que gerou a expulsão de Anderson Luís. Ele chutou a bola e no movimento acertou com as travas da chuteira em cheio no peito de Jhonny Lucas. Um lance de UFC, coibido com correção por Rafael Traci com o cartão vermelho direto. E a falha incrível foi de Thiago Rodrigues, recebendo o recuo de Márcio e em vez de dar um bico pra frente, quase fez gol contra. Não teve tanta graça contando assim, admito. Mas, convenhamos, o jogo também foi bem sem graça.

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