Saudades?

Paraná Clube reencontra Lisca e Eduardo Brock no domingo

Lisca e Eduardo Brock nos tempos de Paraná Clube: o técnico que virou o jogo e o capitão e líder do elenco. Foto: Marcelo Andrade

O duelo de domingo, às 16h, na Vila Capanema, diante do Ceará, vai marcar o reencontro do Paraná Clube com dois personagens que foram importantes na conquista do acesso à primeira divisão, na disputa da Série B do ano passado. O técnico Lisca e o zagueiro Eduardo Brock estão hoje do lado do Vozão e que é um dos grandes concorrentes do Tricolor na luta contra o rebaixamento à segunda divisão.

A passagem do técnico Lisca foi meteórica. Durou quase 45 dias, trouxe muitas polêmicas, mas o treinador foi peça importante para o Paraná arrancar rumo ao acesso à primeira divisão. Pegou o Tricolor na zona intermediária da classificação da Série B e conseguiu resultados expressivos. Foram apenas oito jogos, com quatro vitórias, três empates e apenas uma derrota. Mais do que fazer o time paranista se aproximar do G4, o treinador devolveu a confiança ao Paraná que, três meses depois, garantiu o retorno à elite do futebol nacional depois de dez longos anos seguidos na segundona.

Neste tempo, o técnico Lisca, por conta dos bons resultados e por seu jeito irreverente, caiu nas graças do torcedor paranista. Em alguns jogos, depois de vencer as partidas na Vila Capanema, o treinador literalmente foi para a galera e fez jus ao seu apelido de “Lisca doido”. No seu reencontro com o Paraná, o treinador falou a expectativa para o jogo, mas não se alongou por estar proibido de atender à imprensa por telefone. “Acho que vai ser tranquilo. Será um bom jogo”, limitou-se a dizer o treinador em entrevista à Tribuna do Paraná.

A passagem de Lisca pelo Paraná Clube foi rápida por conta de um incidente ocorrido na concentração da partida contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, pela Primeira Liga. O treinador, por conta de divergências de logística de treinamento na viagem, teria agredido membros da comissão técnica. Entre eles, Matheus Costa, auxiliar permanente da comissão paranista e que, em seguida, assumiu o comando do clube e garantiu o acesso à primeira divisão.

Lisca caiu nas graças da torcida paranista no ano passado. Foto: Marcelo Andrade.
Lisca caiu nas graças da torcida paranista no ano passado. Foto: Marcelo Andrade.

Lisca, no final de 2017, falou sobre o caso e disparou contra a diretoria do Paraná depois que evitou o rebaixamento do Guarani à Série B. “A verdade é que saiu um caminhão das minhas costas. Esse ano, o que fizeram comigo no Paraná foi muita sacanagem. Seis caras que não valem o que comem, me sacanearam pessoal e profissionalmente. Mas o Guarani me abriu as portas. Queria agradecer o presidente, que não acreditou em um monte de mentira que falaram de mim”, cravou Lisca.

O zagueiro Brock também deve ter uma tarde especial neste domingo. Foi o capitão do Paraná na conquista do acesso à primeira divisão e ficou marcado pela raça, força de vontade e regularidade em campo. Em entrevista exclusiva à Tribuna do Paraná, o defensor não escondeu que sente um carinho especial pelo Tricolor.

Eduardo Brock foi o capitão do Tricolor na campanha do acesso. Foto: Jonathan Campos.
Eduardo Brock foi o capitão do Tricolor na campanha do acesso. Foto: Jonathan Campos.

“Diante do ano passado sensacional que tivemos, o carinho é muito grande com a torcida e com o Paraná Clube em si. Claro que estou contente de enfrentar o Paraná na Série A, que eu ajudei a colocar, mas óbvio que hoje tenho meus objetivos e o Paraná tem os deles, e com certeza será muito gratificante para mim”, contou Brock.

No reencontro com o torcedor, Brock não está esperando nenhuma recepção diferente, mas lembrou da sua identificação com a torcida paranista. “Eu não espero nada, até porque cada um defende o seu também. A história que fiz no Paraná está escrita. Se houver reconhecimento, partir deles, o meu por eles é muito grande e me identifico muito com a torcida do Paraná”, reforçou o defensor.

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Paraná e Ceará farão, na verdade, um jogo decisivo na luta para escapar do rebaixamento. Pelo menos é esse o espírito que o zagueiro Brock vai entrar em campo para enfrentar o Tricolor, clube qual foi feliz e, em apenas um ano, virou ídolo.

“A Série A é muito difícil. Clubes que sobem, na verdade, tem uma batalha dura para a permanência no primeiro ano. É um jogo muito decisivo, com certeza. Será um grande jogo, pelo o que significa para o campeonato. Claro que não é legal ver dois times disputando isso, mas sabíamos que seria difícil. Cada um tem seu objetivo, espero que seja um grande jogo, mas que vença o melhor”, arrematou Brock.

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