Sem o respaldo necessário do torcedor paranista para manter a casa em ordem, o Paraná Clube, em parceria com o empresário Naor Malaquias, decidiu mandar a partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, amanhã, às 21h45, diante do Atlético-MG, no Couto Pereira. Em campo, será um teste de fogo para os comandados do técnico Cristian de Souza, que ainda estão invictos como mandante em 2017, e fora das quatro linhas, uma boa oportunidade da torcida tricolor provar que é bem maior do que “os 3 mil de sempre” que vão aos jogos do clube na Vila Capanema.
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Foi, na verdade, a medida encontrada pela diretoria do Paraná Clube para sustentar o bom trabalho realizado pelo departamento de futebol até agora. O presidente Leonardo Oliveira considera o torcedor paranista e o respaldo vindo das bilheterias fundamentais para a continuidade da boa performance do Tricolor na temporada de 2017.
“Foi uma lamentação porque a expectativa que tínhamos e a necessidade que o clube tem é a a nossa casa encha, que tenhamos um público maior. Talvez nem seja o grande momento para fazer, mas foi o momento em que nós tivemos a atitude de tentar o convocar o torcedor mesmo. O clube precisa muito dessa presença. Não é segredo para ninguém que as finanças do clube não são as melhores e a presença do público garante que o Paraná possa manter esse trabalho que estamos fazendo”, cravou o mandatário paranista.
O Paraná vem tratando o duelo contra o Galo como um grande evento. Ontem, na sede da Kennedy, foi realizado o lançamento da partida e contou com a presença também do ex-atacante Renaldo, que também brilhou com a camisa do time mineiro e também do empresário Naor Malaquias. Parceiro do Tricolor, ele bancou um valor para o clube como se fosse uma renda de um jogo na Vila Capanema lotada. Isso tudo porque recentemente, a empresa compradora do imóvel da sub-sede do Boqueirão em leilão realizado no mês passado, passou dois cheques sem fundos e inviabilizou a tranqüilidade financeira do time paranista.
“A empresa compradora deu cheques sem fundo, que ficaram bloqueados e até a Justiça decidir uma nova data do leilão, o clube ficou sem renda, sem dinheiro de televisão e nós pagamos ao Paraná um valor correspondente à Vila Capanema lotada e as despesas do jogo. De todo esse evento, se houver lucro, vamos reverter ao departamento de futebol do Paraná exclusivamente. Então, quem for ao jogo, estará ajudando o Paraná de todas as formas”, declarou.
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No evento de promoção da partida, estavam expostas as duas taças levantadas pelo Paraná dentro do Couto Pereira. Os títulos do Campeonato Paranaense de 1991 e 1996 conquistados pelo Tricolor provam a boa história que o clube tem no estádio do seu rival. Apesar do bom retrospecto na Vila Capanema em 2017, onde está invicto, jogar no Alto da Glória não mudará a performance do time paranista segundo o presidente Leonardo Oliveira.
“Nós temos dificuldades em gramados ruins. Tivemos dificuldades em Natal graças ao péssimo gramado. No Barradão, contra o Vitória, fizemos um ótimo jogo e na Vila Capanema temos uma estrutura boa. O Couto Pereira tem um bom gramado, é um bom estádio e tecnicamente não vamos perder com relação a isso. Atletas e comissão foram os primeiros consultados. O jogo é jogador, vamos enfrentar um dos melhores elencos do futebol brasileiro na atualidade. Vamos buscar fazer um bom jogo e é uma boa chance para os atletas provarem que podem competir em alto nível”, arrematou o presidente.