Histórias em comum

Paraná Clube comemora aniversário no mesmo dia do primeiro professor

Minelli chegou ao Tricolor sem conhecer o elenco e topou o desafio após construir carreira vitoriosa. Foto: Arquivo

Se nada acontece por acaso, o destino tratou de caprichosamente escolher um técnico emblemático para ser o primeiro comandante da história do Paraná Clube. O paulista Rubens Minelli, assim como o Tricolor da Vila, têm um motivo especial para comemorar o dia 19 de dezembro. Tanto o time quanto o treinador completam mais um ano de vida no mesmo dia. Enquanto o cube chega nesta quarta-feira (19) à marca dos 29 anos, seo Minelli celebra 90 anos repletos de conquistas e amizades no mundo do futebol.

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Com uma carreira vitoriosa, Rubens Minelli foi campeão nacional em 1969, pelo Palmeiras, da já extinta Taça Roberto Gomes Pedrosa, em 1975 e 1976 pelo Internacional e em 1977 pelo São Paulo. Ele é o segundo treinador que mais conquistou títulos do Brasileirão, perdendo apenas para Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho, donos de cinco canecos.

E com todo esse currículo, a cúpula de dirigentes do Pinheiros e Colorado, em 1989, responsáveis por começar a escrever a história do recém-surgido Paraná Clube, em um primeiro momento sequer cogitou o nome do estrelado técnico. Foi o preparador físico Carlinhos Neves quem levantou o nome de Minelli para o cargo da nova equipe.

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“Eu conheci seo Rubens no Grêmio, quando trabalhei com ele. Sugeri chama-lo, mas todos desacreditaram que um profissional com tanta experiência aceitaria entrar em um novo projeto”, lembrou o também profissional de sucesso, que tem igualmente sua história ligada ao Tricolor e atualmente trabalha no São Paulo. “Eu falei que eles podiam deixar comigo. Telefonei para ele, que aceitou na hora”, contou.

Treinador chegou por indiciação de Carlinhos Neves e tinha à disposição elenco com 50 nomes. A incomum coincidência pesou pra aceitar o convite. Foto: Arquivo
Treinador chegou por indiciação de Carlinhos Neves e tinha à disposição elenco com 50 nomes. A incomum coincidência pesou pra aceitar o convite. Foto: Arquivo

Saído do tricolor gaúcho, Minelli sentiu que tinha muitos motivos para aceitar o convite do amigo de longa data. “Achei que era uma feliz coincidência o clube ter surgido justamente no dia do meu aniversário. Além disso, vi que era uma excelente oportunidade para eu começar um trabalho totalmente do zero”, recordou, em entrevista à Tribuna, o lúcido senhor quase centenário, que se orgulha da trajetória que escreveu no Tricolor.

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“Quando cheguei, me deparei com mais de 50 atletas que eu não conhecia. Pude fazer tudo do meu jeito e não demorou para que a equipe chegasse ao patamar da terceira força do Estado”‘, disse.

O treinador assumiu o Tricolor no início dos anos 1990 e conseguiu fazer com que o time, em sua primeira temporada, conquistasse uma vaga para a Série B do Brasileiro do ano seguinte. Para o comandante, a vontade do grupo em ‘fazer acontecer‘ foi um grande diferencial da equipe recém-formada.

“No começo, o fato de ter sido indicado pelo Carlinhos Neves fez com que eu trabalhasse de uma maneira mais tranquila. Por ter um respaldo, isso ajudou muito. Além do mais, era um grupo bastante jovem, motivado e decidido a fazer história. Todos acreditavam no elenco”, reforçou.

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Depois de um período fora do Paraná, o ex-treinador voltou ao clube em mais duas oportunidades: 1994 e 1997, ambos os anos marcados pela conquista de títulos do Campeonato Paranaense e que fizeram parte da era do pentacampeonato (de 1993 até 1997).

Minelli chegou no início de tudo. Jogadores não tinham uniforme e ele ainda vestia o mando do extinto Pinheiros. Foto: Arquivo
Minelli chegou no início de tudo. Jogadores não tinham uniforme e ele ainda vestia o mando do extinto Pinheiros. Foto: Arquivo

Minelli faz parte de um seleto grupo de treinadores que comandaram o time paranista mais vezes. Além dele, Gilson Kleina e Claudinei Oliveira estiveram no cargo em três oportunidades, perdendo somente para Otacílio Gonçalves, que passou pelo clube por quatro vezes.

Os laços construídos em suas passagens pelo Paraná Clube fizeram com que ele criasse um carinho muito grande pelo manto azul, vermelho e branco. “Eu torço pelo Paraná. Tenho grande identificação pelo clube e gostaria muito que o time tivesse muita força para se recuperar e sair logo dessa fase totalmente negativa”, declarou.

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