Correria

Novo técnico do Paraná Clube não terá muito tempo para impor estilo

Neste começo, Cristian de Souza terá que conhecer o elenco mais na base da conversa. Foto: Jonathan Campos

Depois de ficar quase um mês sem jogar (23 dias para ser mais exato), o Paraná Clube terá uma verdadeira maratona contra o tempo. Se do dia 19 de abril, quando empatou em 0x0 com o Vitória, na Vila Capanema, pela quarta fase da Copa do Brasil, até aqui o Tricolor pode se dedicar exclusivamente aos treinamentos, daqui pra frente a preparação vai ser a mínima possível.

A partir de sábado, quando o Paraná enfrenta o ABC, em Natal, na estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, até o final do mês, serão seis partidas em um intervalo de apenas 18 dias. Ou seja, a equipe paranista entrará em campo uma vez a cada três dias, entre Série B e também Copa do Brasil, onde encara o Atlético-MG nas oitavas de final.

O que ajuda a ter um desgaste menor é o fato de que três jogos consecutivos serão em Curitiba. No dia 16, o Tricolor recebe o Goiás e no dia 19 o Paysandu, pela Segunda Divisão. Cinco dias depois, 24, é a vez de encarar o Galo. Porém, na sequência, pega a estrada para encarar o Juventude, dia 27, e novamente o Atlético-MG, dia 31, em Belo Horizonte.

Mais do que o cansaço físico, esta maratona vai dificultar o começo de trabalho do técnico Cristian de Souza. Antes da estreia, o treinador teve cinco dias para conhecer o elenco e já aplicar seus primeiros métodos. Na sequência, o melhor período será justamente nos três jogos em Curitiba. Sem viagem, ele terá até seis dias exclusivos para treinamento. Pouco tempo para dar sua cara ao Tricolor.

Até por isso Cristian sabe que não poderá fazer muitas mudanças. Neste início, a tendência é manter o que Wagner Lopes vinha fazendo e, aos poucos, fazer uma mudança ou outra, até ver o time do jeito que o novo treinador quer. Até por isso, ele conversou com o ex-comandante paranista para ajustar alguns detalhes.

“Eu vejo um time com característica de muita organização tática, principalmente na questão defensiva, uma perda de bola também muito marcante, perdia a bola e rapidamente já pressionava, não deixava o adversário jogar. Isso vem ao encontro com o que eu acredito. Com o tempo, paciência e inteligência vamos colocando algumas coisas. Falei com o Wagner (Lopes), liguei pra ele, ele também via algumas coisas que queria colocar na equipe. Modelo de jogo não é algo que se atinge e segue, ele está sempre em construção”, afirmou Cristian.