O momento atual do futebol brasileiro está favorável aos treinadores mais jovens. Os campeonatos estaduais comprovaram isso quando técnicos da nova geração conseguiram os títulos. E essa é, justamente, a motivação e a inspiração do novo técnico do Paraná Clube, Cristian de Souza. Apresentado oficialmente na terça-feira (9), na Vila Capanema, o novo comandante paranista, com apenas 39 anos, ainda é desconhecido no cenário nacional, mas apesar das dificuldades que terá pela frente, quer marcar seu nome com a conquista do acesso na Série B deste ano.
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“Sou um cara que está sempre aprendendo coisas no futebol. Nosso futebol mudou muito de alguns anos para cá e estamos vendo uma renovação dos treinadores e das ideias. É o que eu busco na minha carreira e obviamente que o Paraná é o meu maior desafio. Eu vinha de uma sequência de trabalhos mesclados entre base e profissional, já há cinco, seis anos, estou buscando essa afirmação de passar ao próximo passo”, declarou.
“Passei por todas as etapas para ser um treinador, respeitei, rodei várias regiões do país. Acredito que um treinador precisa passar por isso. Chegou a hora. Estou em um momento maduro na carreira, me aproximando dos 40 anos. Dentro do meu planejamento as coisas aconteceram e estão dentro do tempo que eu havia previsto. Agora me sinto pronto e maduro para poder tocar esse desafio”, acrescentou ele.
Cristian de Souza quer seguir os passos dos técnicos Pachequinho, do Coritiba, Zé Ricardo, do Flamengo e Fábio Carille, do Corinthians. Esses jovens treinadores estão fazendo bons trabalhos nos seus clubes e conquistaram recentemente os campeonatos estaduais. “Isso motiva, sem dúvida. Mostra também o momento que está passando o futebol brasileiro pós Copa do Mundo”, cravou o comandante do Tricolor.
O técnico foi escolhido pela diretoria por pensar o futebol parecido com o ex-treinador do clube, Wagner Lopes. Assim, o novo comandante será capaz de sustentar os aspectos positivos realizados até agora na temporada e conduzir o Tricolor na disputa da Série B, na Copa do Brasil e na Primeira Liga. Souza sabe da necessidade de reforços, mas acredita no foco do grupo para conseguir o acesso na décima participação seguida do clube na Segundona.
“Acredito que a gente entra em iguais condições aos demais clubes. Obviamente que ao longo da competição até o final muita coisa vai andar no campeonato. O Paraná está atento, sabe que precisa reforçar, mas precisa ter muita calma, muita paciência e na hora certa vai poder agregar mais qualidade. Temos um grupo muito forte, com muita qualidade. O que senti desde sábado foi o grupo com muita vontade, muito sangue no olho, muito focado e isso pode fazer a diferença”, reforçou Souza.
A característica do time paranista bate bem com o perfil do treinador. Da escola gaúcha, Cristian de Souza revelou ser um treinador sanguíneo e bastante competitivo. Ingredientes de sobra para acreditar que o Tricolor, apesar de ainda ser uma aposta, possa seguir em um caminho linear na sequência da temporada.
“Sou um cara sanguíneo, um cara competitivo. Gosto de ganhar e trabalho para isso. Ao longo do tempo a gente vai amadurecendo, errando e aprendendo. Eu me considero hoje bem equilibrado. Eu tive uma expulsão no campeonato regional, mas fazia mais de seis anos que eu não tinha uma expulsão, venho controlando bem isso, sabendo ajustar esse lado sanguíneo na hora certa”, concluiu ele.