A vitória do Paraná Clube diante do Atlético-MG por 3×2, quarta-feira (24), no Couto Pereira, teve de tudo um pouco. Teve festa do torcedor paranista, teve boa atuação do time e teve um show a parte do meia Guilherme Biteco. Autor de dois gols no triunfo diante do Galo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o camisa 11, calçando as chuteiras do seu irmão, Matheus Biteco, que foi uma das vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, no final do ano passado, após os gols apontou ao céu, se emocionou mais uma vez e afirmou que viveu uma noite dos sonhos no Alto da Glória.
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“É o sonho de todo jogador tem o nome gritado pela torcida. Se foi um sonho, eu não quero acordar tão cedo”, disse ele, que no momento do gol mostrou uma camisa homenageando seu irmão. “A camisa é em homenagem ao meu irmão que deve estar dando pulinhos lá no céu. É uma homenagem para ele. Os dois gols são para o meu irmão mais novo que fez aniversário na segunda-feira”, contou o jogador.
Biteco, de forma justa, saiu ovacionado pelos quase 20 mil paranistas que fizeram uma grande festa no Couto Pereira. “É um sonho se realizando. A torcida gritar meu nome não tem explicação. Estou muito feliz e também feliz por poder estar dando essa felicidade para eles também”, emendou.
Foi a primeira vez que o armador do Tricolor marcou dois gols em um mesmo jogo na sua carreira. Uma boa fase que vem coincidindo com uma recuperação pessoal e profissional. No ano passado, jogando pelo Ceará, Biteco teve uma lesão nos ligamentos do joelho e ficou quase uma temporada sem jogar. Ganhou uma chance do Paraná Clube e vem sendo fundamental para a equipe.
“Como profissional é a primeira vez que faço dois gols em um jogo. Esperava sim fazer uma boa partida, mas não dois gols. A gente nunca espera fazer dois gols. Felizmente finalizei bem nos dois gols e agora é descansar. Foi só o primeiro jogo, tem mais um. Temos que botar os pés no chão e saber que lá será muito difícil. A gente terá que fazer mais um bom jogo para sair com a classificação”, avisou.
O atacante Robinho, do Galo, é um dos grandes ídolos do meia e era também do seu irmão, Matheus. No dia em que roubou a cena e deu a vitória ao Paraná Clube diante de um dos melhores times do futebol brasileiro, o camisa 11 do Tricolor admitiu que sobrou tempo para conversar com seu ídolo. Mais um sonho realizado pelo meia diante dessa mistura de sentimentos que tomou conta da sua vida desde o falecimento do seu irmão.
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“Sempre foi meu ídolo. Não só meu, mas do meu irmão que faleceu também. Tenho uma foto com ele lá em 2002 que está eu, meu irmão e ele. A gente tinha o sonho de tirar essa foto de novo e poder contar para o Robinho que a gente se espelhava nele. Aqui, fui ao vestiário tietar ele. Me elogiou. Era um sonho que a gente tinha e consegui realizar da melhor maneira possível”, arrematou Guilherme Biteco, que desde que chegou ao Tricolor, tem se emocionado muito, e também a torcida paranista.