Panela de pressão

Antes candidato ao acesso, Paraná Clube emenda seu pior momento na Série B

Contra o São Bento, Paraná mais uma vez jogou mal e desperdiçou ótima chance de se recuperar na tabela. Foto: Miguel Pessoa/Futura Press/Estadão Conteúdo

De postulante ao acesso e ao título a uma queda vertiginosa na tabela. Em dez jogos, o Paraná Clube mudou totalmente seu desempenho na Série B. Se primeiro o Tricolor somou cinco vitórias consecutivas, agora já são cinco rodadas sem vencer, somando apenas um ponto neste período, com um único gol marcado e oito sofridos.

No último sábado (17), o time até teve uma boa oportunidade para mudar este cenário. Diante do São Bento, que vinha de uma única vitória nos últimos dez jogos, o Paraná não teve uma boa apresentação. Pelo contrário. Pouco atacou, não teve posse de bola, mas soube aproveitar uma falha do adversário para abrir o placar no final do primeiro tempo, com um belo gol de Fernando Neto. Só que não conseguiu explorar o cenário que ficou a seu favor.

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Logo após o gol, o estádio passou a pressionar o time paulista, com vaias e cobranças. Era o momento para o Tricolor encerrar a má fase. Só que nos últimos 20 minutos de jogo, viu o São Bento empatar e ainda conseguir virar, em uma falha completa de marcação nos acréscimos. O cenário, então, se inverteu.

Assim que o árbitro deu o apito final, os torcedores da casa fizeram festa e os paranistas se revoltaram. Para deixar o estádio, eles passaram em frente à porta do vestiário da equipe e protestaram muito.

“É a coisa mais natural possível. Não estamos demonstrando para o torcedor algo que eles tenham orgulho de torcer para nós. A partir do momento que não conseguimos os resultados e, acima de tudo, um bom nível de jogo, o torcedor tem sua cobrança. E só nós podemos reverter isso e voltar a vencer para que o torcedor volte a sentir orgulho”, ressaltou o técnico Matheus Costa, sem criticar a postura dos torcedores, mas assumindo que a fase do Paraná é complicada.

O ambiente mudou. Logo após a vitória por 1×0 sobre o Figueirense, no Orlando Scarpelli, pela 11ª rodada, no dia 23 julho, o clube assumiu a vice-liderança da Série B. No jogo seguinte, tinha condições até de pular para o primeiro lugar, mas o tropeço em casa para o Sport parece ter mexido com o grupo, que desde então só piorou seu desempenho em campo e, aos poucos, vai perdendo a confiança em si mesmo.

Em décimo, o Tricolor ainda está na cola do G4, apenas três pontos atrás do quarto colocado, mas já vê o pelotão de trás se aproximando – são seis pontos de vantagem para a zona de rebaixamento. Ainda assim, nestas dez rodadas de céu e inferno, o time tem 53,3% de aproveitamento – o que o deixaria no sexto lugar na tabela -. Só que a forma como estes pontos foram somados é que escancaram a irregularidade e fragilidade do grupo.

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Por isso, a resposta precisa ser dada urgentemente, a começar nesta terça-feira (20), contra o Atlético-GO, que é o terceiro colocado e vem em uma crescente. Nestas mesmas cinco partidas de jejum paranista, o Dragão somou dez pontos. Mesmo assim, o discurso é de ir para cima na Vila Capanema e resgatar aquela boa fase, que parou no final de julho.

“O mais díficil em um momento como este é conquistar a primeira vitória. Depois disso as coisas voltam a ficar mais leves. Atingimos uma sequência de vitórias ao natural, com todos se dedicando em campo. Quando não vem em uma sequência boa, a confiança vai diminuindo. Então temos que voltar a pensar na primeira vitória, que tem que ser contra o Atlético-GO. Só nós podemos reverter esta situação e que tem que acontecer nesta terça-feira. Voltar a vencer, a pontuar, que é o mais importante agora”, completou o treinador.

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Foto: Tribuna do Paraná/Eduardo Klisiewicz
Foto: Tribuna do Paraná/Eduardo Klisiewicz