Paraná se complica com mais uma derrota

E o calvário do Paraná Clube continua. Há 13 rodadas na zona do rebaixamento, o time prorrogou a agonia de sua torcida ao perder ontem à noite para o Corinthians, por 2 a 1, no Pinheirão. Um castigo para a torcida paranista, que mesmo tendo apenas 7. 096 pagantes no estádio alcançou o recorde de público neste Brasileirão no Pinheirão, superando a marca de 6.744 torcedores na estréia contra o Santos. Na verdade, ela teria que excomungar o goleiro Fábio Costa, responsável pela vitória corintiana. O público recorde, na verdade, é da partida contra o Vasco, disputada no Gigante do Itiberê, em Paranaguá – 13.754 torcedores.

Se pudesse entrar numa máquina do tempo, certamente o técnico Paulo Campos o faria e não entraria com uma equipe tão coesa no meio-de-campo. A opção por três volantes acabou tornando o time pouco criativo na primeira etapa. Sem incomodar o Timão, o Tricolor acabou pagando pelo excesso de cautela e se viu acuado na defesa. Parecia que o Timão é que jogava em casa. Com o domínio tático do jogo, o time comandado pelo técnico Tite se aproveitou de dois momentos de fragilidade do Paraná Clube, que mesmo defensivamente forte, vacilou. E vale lembrar que foi esse o recado do técnico Paulo Campos antes da partida: não deixar o adversário se valer dos próprios erros do Tricolor. Não deu outra: em duas bobeadas, dois gols do volante Fabinho, acostumado a balançar as redes, apesar de sua posição mais defensiva.

Quando tudo dava errado para o Paraná, o corintiano Édson deu uma “colaborada” e foi expulso, ao tomar o terceiro cartão amarelo. Atrás no placar e com um homem a mais em campo, o técnico Paulo Campos decidiu mudar a estratégia e foi audacioso. Sacou o zagueiro Fernando Lombardi, em noite infeliz, e deu passagem a Marcelo Passos, recuando Cristian para a armação. Com Fábio Baiano tendo que suprir a ausência de Édson, Messias ganhou mais liberdade e passou a subir ao ataque. Para fechar o plano, Campos tirou Goiano e escalou Vandinho, deixando a equipe extremamente ofensiva.

Não deu outra. O jogo mudou de figura e o Paraná passou a infernizar a defesa corintiana. Para rebater a estratégia, Tite mandou todo o seu time para a defesa, deixando a cargo de Gil e Jô as puxadas de eventuais contra-ataques – foram pouquíssimos, mas perigosos.

A artilharia pesada do Tricolor, no entanto, esbarrou na muralha chamada Fábio Costa. Fora as defesas obrigatórias, ele fez pelo menos cinco “milagrosas”. O Paraná ainda conseguiu diminuir o marcador, mas o goleiro corintiano garantiu os três pontos que mantêm vivo o sonho do Timão conquistar ao menos uma vaga na Libertadores.

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