Paraná Clube treina para surpreender o Galo

Em busca de “identidade” o Paraná Clube não terá mudanças para o jogo de amanhã, em Belo Horizonte. Mesmo fora de casa, o técnico Gilson Kleina mantém a mesma formação, com um perfil claramente ofensivo. Haverá, porém, ajustes no posicionamento, com uma maior atenção dos atacantes e meias para evitar sobrecarga no sistema de marcação. “É preciso agrupar.” Esta foi a frase mais utilizada por Kleina nos últimos dias. O objetivo é a conquista da primeira vitória fora de casa, às 20h30, no Mineirão, diante do Atlético Mineiro.

O tricolor correrá um “risco calculado” nesta partida. A intenção é surpreender o time de Jair Picerni com uma postura agressiva, marcando por pressão e aproveitando o toque de bola e a velocidade de Cristian e Canindé. “Se na teoria ficamos mais vulneráveis, devemos ter em mente a necessidade de uma perfeita compactação quando não estivermos a posse de bola”, avisou o técnico. Um modelo similar foi aplicado em Florianópolis – só que, naquele jogo, com três volantes -, mas desta vez o time promete ser mais ambicioso.

“Está na hora de vencermos fora. Com dois resultados positivos em seqüência, não só vem o crescimento na classificação como a confiança para a seqüência de jogos difíceis que temos pela frente”, comentou o centroavante Galvão. Após o fim do jejum de dois meses e meio, ele busca agora o primeiro gol fora de casa. O atacante soma quatro gols (fez cinco, mas um deles foi erroneamente creditado a Wiliam pelo árbitro Carlos Eugênio Simon) e trabalha em busca de maior regularidade. “A cobrança, quando os gols não saem, incidem sempre sobre o atacante, por mais que ele não seja culpado.”

Ao lado de Sinval, ele conseguiu maior mobilidade. Mesmo recorrendo a dois atacantes com presença de área, a dupla conseguiu se revezar nos deslocamentos e nas jogadas pelos flancos. “Fizemos um bom jogo, mesmo sem o entrosamento perfeito. A tendência é uma evolução jogo a jogo”, aposta Sinval. Experiente, o “artilheiro da paz” já marcou o seu (de pênalti) e destaca a necessidade do time manter fora de o casa a mesma postura “vencedora”. Sob o comando de Gilson Kleina, o Paraná fez três jogos fora de casa e o melhor resultado foi um empate (sem gols) frente ao Figueirense. Nos outros jogos, derrota para o Corinthians (0x1) e goleada para o Grêmio (0x4).

A ação defensiva de meias e atacantes foi trabalhada em um treino tático, ontem à tarde. O único desfalque foi o zagueiro Gélson Baresi, poupado da atividade, com dores musculares. Nelinho foi seu substituto. A equipe para encarar o Galo, porém, está definida com Flávio; Cláudio, Fernando Lombardi, Gélson Baresi e Vicente; Axel, Gilmar, Cristian e Canindé; Galvão e Sinval.

Diretoria segue limpando a “prateleira”. Mais 4 fora

Quatro jogadores já não estão mais trabalhando com o grupo do Paraná. A diretoria está negociando as transferências de Alex Silva, Carlinhos, Nélio e Chokito. O objetivo é “encaixar” estes jogadores em outros clubes, o que deve ocorrer até sexta-feira, prazo final para a inscrição de jogadores na Série B do Brasileirão.

“Não vamos expor estes atletas, que estão negociando com outros clubes, a uma eventual contusão”, explicou o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro, justificando a ausência do quarteto nos treinamentos de ontem. O zagueiro Carlinhos e o atacante Chokito podem acertar com o Vila Nova-GO, enquanto o meia Nélio está perto de seguir para outro time da primeira divisão. Lori Sandri, novo técnico do Guarani, já indicou o nome do jogador à diretoria do time de Campinas.

A saída de mais quatro jogadores – Adriano, já havia se desligado, pois está indo para a Coréia do Sul – reduz o grupo a 28 jogadores. “É um número próximo do ideal”, reconhece o técnico Gilson Kleina. Outras “mexidas” podem ocorrer, mas de acordo com a evolução de algumas negociações. O treinador quer pelo menos mais um lateral-direito e um atacante de velocidade. As inscrições para a Série A vão até o dia 17 de setembro, véspera da 31.ª rodada do Brasileiro.

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