Paraná Clube mostra regularidade na Segundona

Mesmo tendo convivido com oscilações pontuais ao longo das últimas jornadas, ninguém pode negar que a campanha do Paraná Clube é, no mínimo, equilibrada. O time de Roberto Fonseca se mantém no G4 há treze rodadas e só não esteve na área de acesso à elite nacional por duas vezes, após 17 rodadas conclusas na Série B.

Esta estabilidade faz o Tricolor superar – nas projeções -rivais de tradição, como Náutico, Goiás, Sport, Criciúma e Vitória. O site especializado chancedegol.com.br, em que pese o Paraná Clube ter sido superado pelo Náutico na classificação geral, ainda dá ao time paranaense a 3.ª posição no quesito possibilidades de acesso.

E com uma boa vantagem para o 4.º colocado, o próprio Náutico: 41,3% contra 27%. Os matemáticos também praticamente “tiram da jogada” equipes como ASA e Americana (só 3,7% de chances), apesar da boa colocação de ambos (só quatro pontos atrás do Tricolor). O Sport, com 23 pontos, tem 19,7% segundo os matemáticos.

“Estamos próximos de nosso objetivo neste primeiro turno. Mas, o caminho é longo. Quem se descuidar na segunda metade da competição, dança”, ressaltou Roberto Fonseca.

Na sua visão, a briga pelo acesso seguirá intensa até o fim. O treinador até imaginava um distanciamento da Portuguesa – e até mesmo da Ponte Preta -, mas a rodada da última terça-feira só fez embolar ainda mais a classificação da Série B.

O Paraná, com 28 pontos, por exemplo, tem apenas oito pontos de vantagem sobre o Guarani (17.º colocado e já na zona do rebaixamento).

“É importantíssimo fechar essa primeira metade do campeonato no G4 e com mais de 30 pontos”, disse o treinador paranista.

Internamente, o grupo trabalha mirando a conquista de pelo menos mais quatro pontos nos dois jogos que tem pela frente, contra Sport (na Vila Capanema) e Bragantino (no interior paulista). Caso chegue à essa marca, o Tricolor seguiria dentro da média estabelecida de buscar sete pontos a cada quatro jogos.

“A Série B não permite que você relaxe. Então, é ver o que fizemos de bom e onde erramos, frente ao Guarani, e garantir mais um bom resultado diante da nossa torcida”, destacou o volante Éverton Garroni. “Jogamos abaixo do nosso normal e, em casa, temos que produzir mais, pois nosso torcedor merece”, completou.

Mesmo tendo repetido a estratégia de escalar três zagueiros (mas com Brinner pela lateral) e três volantes, Roberto Fonseca viu muitas falhas no sistema de marcação. “Foi um jogo atípico, onde os dois times deram espaços. Saímos de nossa característica”, ressaltou o técnico do azul, vermelho e branco.