Na mudança de comando técnico – após a 3.ª rodada – a Vila Capanema foi o “porto seguro” da equipe de Roberto Fonseca. Foram quatro vitórias em sequência, sobre Salgueiro-PE, Icasa-CE, Duque de Caxias-RJ e Vila Nova-GO.
Dois meses de invencibilidade que levaram o Paraná Clube a uma posição de destaque no G4 da Série B. Hoje, a maré mudou e o Tricolor vivencia o outro lado da moeda.
Após sofrer o primeiro revés em casa – para a Ponte Preta-SP – o time de Roberto Fonseca perdeu também a estabilidade. Derrotas para Barueri-SP e Sport-PE (entre estes jogos, o Paraná venceu o ABC-RN) deixaram no ar um clima de incerteza quanto ao futuro da equipe nesta Série B.
Mesmo se mantendo no G4, o Tricolor já trabalha sob pressão e os matemáticos já não conferem ao representante paranaense o favoritismo de outrora. O Paraná chegou a ter, segundo o site chancedegol.com.br, mais de 40% de chances de acesso à primeira divisão.
Após a série ruim, este número caiu para 28,4%. Nos números, o Tricolor é apenas o 5.º colocado, atrás de Portuguesa, Ponte Preta, Náutico e o próprio Sport.
“Basta uma vitória que essa gangorra se inverte novamente. Temos que trabalhar mais durante essa semana e buscar lá fora aquilo que não fizemos dentro de casa”, disse o zagueiro Luciano Castan.
Pensando de uma forma global, o Paraná teria que vencer nada menos do que 12 jogos a partir do próximo sábado, quando encara o Bragantino, em Bragança Paulista.
Historicamente, todos os clubes que chegaram a 20 vitórias na Série B conquistaram vaga na elite nacional. Internamente, o clube continua trabalhando com minimetas, o que confere ao grupo um quadro pontual sobre a situação do time.
Só que também nas minimetas o Tricolor apresenta uma defasagem preocupante. Na matemática dos sete pontos a cada quatro jogos, o clube teria que vencer Bragantino e Boa (este, na Vila) para chegar aos 34 pontos.
Assim, ficaria somente um ponto aquém daquilo que se consideraria o ideal. “Acho que o conjunto pecou nas últimas partidas. Sofremos gols por descuido e lá na frente as finalizações deixaram a desejar”, analisou o lateral Lima.
“Então, não é hora de achar culpados. Todos estamos no mesmo barco. Temos é que recuperar imediatamente aquele equilíbrio das primeiras rodadas”, concluiu o jogador.