Paradas trazem boas e más lembranças ao Trio de Ferro

A parada para a Copa das Confederações pode causar efeitos colaterais diferentes em Coritiba, Atlético e Paraná Clube na sequência do Campeonato Brasileiro (Séries A e B) que será retomado dia 5 de julho. Com praticamente um mês para se preparar para o restante da competição, o Trio de Ferro já tem os exemplos das paralisações de 2006 e 2010 -quando a CBF interrompeu seu calendário para a Copa do Mundo da Alemanha e da África do Sul – para saber se a parada será benéfica ou não. Nas pausas anteriores, os três times da Capital se beneficiaram a melhorarem seus desempenhos.

Este ano, o Coritiba – líder da Série A do Campeonato Brasileiro – poderia ser o único a reclamar da paralisação. Porém, o Alviverde poderá recuperar alguns jogadores que estão no departamento médico e que deverão reforçar o time comandado pelo técnico Marquinhos Santos na sequência da competição. Já em 2006 e 2010, quando experimentou a parada no meio de uma edição de Brasileirão, o Coxa estava na Segunda Divisão e experimentou sensações distintas.

Na Segundona de 2006, o Coxa, depois de 10 rodadas, era o 5.º colocado com apenas 50% de aproveitamento. Porém, a paralisação não fez tão bem ao Alviverde. O time terminou a Série B daquele ano na 6.ª posição, não conseguindo o acesso para a Série A. Quatro anos mais tarde, o Coritiba foi para a parada da Copa do Mundo na 3.ª posição, com 66% de aproveitamento. Depois, mesmo diminuindo para 61% seu rendimento, garantiu o título da Segunda Divisão e, consequentemente, o retorno à Série A do ano seguinte.

Perto da zona de rebaixamento, a paralisação servirá para o Atlético arrumar a casa e melhorar seu desempenho na Série A. O time atleticano quer repetir o feito de 2010, quando foi para a parada da Copa do Mundo na 16.ª colocação, com aproveitamento pífio de 33%, mas depois se recuperou, terminou na 5.ª posição e quase conseguiu vaga na Libertadores. Em 2006, a paralisação para a disputa do principal evento esportivo mundial não teve grande interferência no rendimento do Furacão. O Rubro-Negro terminou a competição nacional na mesma colocação que foi para a parada do Mundial, ou seja, como 13.º melhor time do Brasileirão.

Para o Paraná Clube, interromper o Campeonato Brasileiro não traz boas lembranças. Em 2010, antes da parada para a Copa do Mundo, o Tricolor era líder da Série B, com 71% de aproveitamento. Um mês depois, o time paranista começou sua história derradeira na Segundona daquele ano, terminando na 7.ª posição e sem conseguir o acesso para a Primeira Divisão. Por outro lado, em 2006, na Série A, o Paraná marcou sua melhor participação no Brasileirão. Com a 7.ª melhor campanha até a parada para o Mundial, o Tricolor subiu seu rendimento para 53% e arrancou no segundo semestre, onde terminou a competição nacional na 5.ª colocação e conquistou pela primeira vez a vaga para disputar a Libertadores.

Allan Costa Pinto
Atlético, em 2010: antes da Copa, equipe frequentou a ZR. Após o Mundial, quase na Libertadores.
Allan Costa Pinto
Paraná Clube, em 2010: líder antes da Copa, time sentiu a falta de recursos e sucumbiu.