Para médico De Rose, falha no Pan não livrará Rebeca

O médico Eduardo De Rose, especialista em doping, entende que os advogados da nadadora Rebeca Gusmão não devem usar em sua defesa as falhas nos exames feitos durante o Pan, apontadas em relatório de observadores independentes da Agência Mundial Antidoping (Wada). O relatório mostra falhas no procedimento dos exames, tais como pouca experiência dos oficiais de controle, preenchimento incorreto dos formulários, atletas que não foram orientados a lavar as mãos, entre outras.

?O mesmo relatório elogia o antidoping do Pan, afirma que foram seguidas as normas da Wada e que os resultados não podem ser discutidos?, afirma De Rose, que presidiu a Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) nos Jogos do Rio. A médica Renata Castro, que era da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), foi a coordenadora do antidoping no Pan.

André Ribeiro, advogado de Rebeca, disse que lerá atentamente as 13 páginas do relatório dos observadores da Wada antes de decidir se os erros podem ser usados na defesa. E afirmou que o relatório só poderia ter utilidade no caso de doping do Pan. A audiência na CAS, que seria dia 13, foi adiada para janeiro. A contraprova da amostra B, pedida por Rebeca a um laboratório de Montreal, no caso da Fina, deverá ser aberta no dia 17. O caso da nadadora com a Odepa é sobre duas amostras de urina com DNAs diferentes. A Odepa decidirá se ela perderá as quatro medalhas do Pan.

O caso de fraude, dos DNAs, também está sendo investigado pelo titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Marcos Cipriano, no Rio. O técnico de Rebeca Gusmão, Hugo Lobo, depõe nesta quinta. A nadadora, na sexta.

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