Obras viárias iniciam projeto Copa 2014 em Curitiba

Após a confirmação de Curitiba como sede da Copa de 2014, a população se pergunta: o que ganha a cidade ao receber o evento? A resposta vem sob vários aspectos.

O benefício mais visível é a legião de turistas que despejam dinheiro nas cidades-sede ao longo da competição. Mas as vantagens costumam extrapolar o vaivém dos torcedores. O “legado” é a palavra de ordem da FIFA – ou seja, a criação da estruturas que sejam aproveitadas futuramente pela população.

As estimativas oficiais apontam que Curitiba e cidades vizinhas receberão entre R$ 4 e 4,5 bilhões até 2014, apenas em investimentos públicos (em todo o País as aplicações somam R$ 35,9 bilhões, segundo a Fundação Getúlio Vargas).

Os recursos virão da União, do Estado e da Prefeitura, além de financiamentos com bancos de fomento – mas ainda não há definição sobre o controle da aplicação destes gastos. Com ou sem Copa, parte desse dinheiro já seria destinado a melhorias.

“As obras viárias estão dentro de nossa programação. A Copa apenas acelera este processo”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida.

Entre esses “propulsores” estão os R$ 400 milhões que Curitiba deve receber do governo federal através do PAC   da Copa, destinados a áreas estratégicas como a mobilidade urbana.

Os investimentos não ficam restritos à cidade-sede. Estão previstas melhorias nos aeroportos de São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu (principal destino turístico do Estado), além do Porto de Paranaguá, duplicação de estradas e investimentos nas áreas da saúde pública, segurança, hotelaria, saneamento, meio ambiente, turismo, habitação e educação.

Além disso, a Prefeitura promete cursos de capacitação e ensino de idiomas para profissionais que receberão turistas, como taxistas e recepcionistas de hotéis. Outro benefício “invisível” é a divulgação da cidade.

Seriam necessários bilhões de dólares para obter a mesma exposição na mídia mundial que a cidade e os pontos turísticos do Estado terão espontaneamente durante a Copa.  Na outra ponta, o País ganha em turismo – a África do Sul, por exemplo, estima receita de R$ 4 bilhões somente com o Mundial de 2010.

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