João Carlos está no Atlético há oito anos. Chegou ainda criança em 2003 e hoje, com 22 anos, assumirá a titularidade no gol. Uma trajetória desafiadora para o novato que encarou toda a categoria de base, enfrentou concorrência forte no gol, mas teve paciência.
Ele fala com orgulho que chegou sua hora. Na bagagem, a experiência de alguns jogos como titular ano passado e uma temporada na Série B em 2009, quando defendeu o Ipatinga (MG), por empréstimo.
“Foi muito tempo trabalhando para isso e estou bem contente”, declarou o goleiro, que terá “na sua cola” Renan Rocha e Santos – outra dupla formada na casa.
Para quem pensa que a concorrência afasta o trio, João Carlos mostra o contrário e rasga elogios aos colegas. “O nível dos goleiros é altíssimo. Independentemente se for eu no gol, o Renan, o Santos e até mesmo o Neto, não há diferença não”, destaca o camisa 1.
Presente de Natal chegou com um pouquinho de atraso. Como foi receber a notícia de que você passa a vestir a camisa 1 do Atlético?
Foi muito bom. Estou bem feliz por mim, pelo Neto, que é meu amigo e está saindo por algo melhor profissionalmente. E é bom, por que terei minha oportunidade. Foi muito tempo trabalhando para isso e estou bem contente.
Foi uma surpresa para você a escolha da diretora?
A preocupação em vir outro goleiro eu não tinha, até pelo que conversei com o presidente [Marcos Malucelli] ano passado. Eu confiei na palavra dele e ele está cumprindo agora. Ele disse que estava contando comigo e estou confiante em mim.
Facilita iniciar o trabalho com todo esse respaldo da comissão técnica e da diretoria?
Fiquei muito feliz pela confiança que a diretoria e a comissão técnica depositaram. É importante jogar como titular agora, mas é importante também ter a confiança deles.
Como você se definiria como goleiro? Quais suas principais características?
É difícil falar da gente mesmo. Acho que sou muito determinado. Quando coloco alguma coisa na cabeça vou atrás do meu objetivo. Acho que meu nível de concentração é bem alto e isso ajuda nos jogos. Tem o posicionamento também, acho que são os detalhes.
Esperava que após um ano voltando de empréstimo ficasse com a camisa 1, tão rapidamente assim?
No fundo você sempre espera. Eu tinha que colocar na minha cabeça e ter paciência que teria minha oportunidade. O Neto teve a chance dele, eu respeitei e ele aproveitou bem. Agora chegou minha hora. Esperava a saída do Neto, porque somos amigos e sabia que ele tinha proposta.
Quais as expectativas para nova fase na carreira?
Estou muito otimista, concentrando já e pensando no Paranaense, em fazer um ótimo campeonato, conseguir o título. Quero ganhar a confiança de todos e me firmar como titular.
Já parou para pensar na responsabilidade que tem nas mãos? Isso preocupa?
Preocupado não estou. É a responsabilidade de jogar em um clube que qualquer outro jogador tem. Estou encarando com uma responsabilidade de fazer um bom trabalho. Não como pressão pelo Neto, pelo que ele fez, mas uma responsabilidade por mim e pelo Atlético.
Você terá dois companheiros fortes na posição. O que pode falar sobre Santos e Renan Rocha?
Estivemos juntos no juvenil, júnior e os dois são incontestáveis também. O Atlético está muito bem servido aqui. Todo mundo está bem. O nível dos goleiros é altíssimo. Independentemente, se for eu no gol, o Renan, o Santos e até mesmo o Neto, não há diferença não.
Foi muito difícil a trajetória até aqui?
A maior dificuldade é concorrê,;ncia que temos. Há muita cobrança, desde a base. É sofrido como todo esporte pelo treinamento, mas agora vem o reconhecimento.
Tem algum ponto marcante que você poderia citar nestes oito anos de Atlético?
Não tem como dizer. Todas as fases são muito importantes, desde o infantil. Cheguei aqui meio criança, ainda muito novo. Depois teve o juvenil que é muito importante também.
Tive uma boa Copa São Paulo nos juniores, que acabou com o reconhecimento do clube. No profissional, ainda não tive muita chance aqui. Mas não gosto de citar uma fase só. Todas são importantíssima para chegar no profissional e para o amadurecimento.