Medo do tribunal intimida protestos no Couto Pereira

Reclamação contra a arbitragem? Nada disso. Após a partida, o zagueiro Maurício e o técnico Dorival Júnior até elogiaram Carlos Eugênio Simon. Pois é. Talvez por temor com possíveis retaliações do STJD sobre opiniões emitidas, eles classificaram a condução da partida como excelente e deixaram a avaliação dos lances polêmicos para quem estava do lado de fora. ?Fica difícil e vocês (repórteres) viram melhor do que nós, que estávamos ali dentro. O time lutou, não sei se a arbitragem atrapalhou ou não, mas está de parabéns o Simon, que é um grande profissional?, disse o defensor.

Foi o mesmo comportamento que teve o treinador alviverde. ?Não vou falar nada a respeito de arbitragem, o Simon teve uma excelente participação, conduziu a partida de uma maneira brilhante, segura, e temos que enaltecer as coisas boas?, avaliou. No entanto, ele deu uma alfinetada no assistente Paulo Ricardo Silva Conceição. ?A participação do nosso amigo lá do lado não foi tão boa quanto a do árbitro?, apontou. Mesmo assim, ele mesmo revelou o motivo do discurso contido. ?Quando se emite opinião você tem que se responsabilizar por ela porque qualquer coisa que se fale você é punido?, disse.

Para o treinador, pior do que arbitragem ruim é a restrição ao trabalho. A partir deste Brasileirão, os técnicos não podem mais ficar na beira do gramado dando instrução. A conversa com os atletas deve ser rápida e eles devem retornar ao banco. Pior para quem trabalha no Couto, que tem os bancos abaixo do nível do gramado e prejudica a visão dos profissionais.

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