Marcinho e Paulo Baier jogaram juntos em 2006 no Palmeiras. Baier como lateral-direito e Marcinho como atacante. Três anos depois, a dupla se encontra no Atlético. Agora, porém, os dois ocupam praticamente a mesma posição e um pode barrar a escalação do outro.
No entanto, devido à qualidade técnica, a presença de ambos em campo será de grande valia para o time, que busca afirmação e também para o treinador, que inicia seu trabalho.
Por isso, Waldemar Lemos comentou que os dois poderão, sim, atuar juntos, sem problemas. “Com certeza. Há sempre espaço para o grande jogador e para aquele que tem boa vontade. E os dois têm demonstrado muito isso”, analisou o comandante.
A presença dos atletas de maior prestígio do elenco pode ser assegurada principalmente porque Lemos diz não se prender em esquemas táticos pré-determinados.
“O sistema adotado será aquele que a gente achar que o jogador vai se adequar melhor. No Náutico, por exemplo, não jogávamos com 3 zagueiros. Jogávamos com 4 ou 5 zagueiros, cada um desempenhando uma função e a equipe estava bem colocada no campeonato”, exemplificou.
Reencontro
Paulo Baier e Marcinho foram contratados para serem os grandes nomes do Atlético nesta temporada. E a estreia deles, juntos, pode acontecer exatamente contra o time em que realizaram a primeira parceria. Sábado à tarde o Atlético enfrenta o Palmeiras, na Arena.
Ontem, Baier foi só elogios ao ex-companheiro após o treino no CT do Caju.
“Marcinho pra mim é um dos maiores jogadores do futebol brasileiro. É rápido, habilidoso, finaliza muito bem e tenho certeza que vai nos ajudar muito aqui. É importante dentro do grupo e vou fazer de tudo para ajudá-lo e também ao Atlético”, afirmou.
Com a presença de Baier, que efetivamente fará a armação do time, espera-se que Marcinho volte a apresentar um bom futebol. Pelo menos ele poderá jogar como gosta, sendo um jogador de movimentação e de chegada para finalizar ao gol, características que havia perdido sob o comando de Geninho.
Marcinho sabe que está devendo para o torcedor e já comentou que é hora de dar a volta por cima. Em 27 jogos ele fez duas apresentações de destaque e pouco empolgou (quadro).
Durante o treinamento de ontem, nenhuma pista sobre a escalação. Porém Marcinho deverá ser o companheiro de Rafael Moura no ataque, já que retorna ao time após cumprir suspensão automática.
Paulo Baier disse que mesmo jogando como meia, diferente de 2006, não vê dificuldades em atuar ao lado de Marcinho. “Sem problema. Mas é uma opção do treinador. Ele é quem vai definir qual é a melhor maneira de jogar”, finalizou.