Escalado

Kerlon aposta em novo recomeço no Paraná Clube

O meia-atacante Kerlon ganhou o apelido de Foquinha por protagonizar dribles equilibrando a bola na cabeça. Revelado nas categorias de base do Cruzeiro, o jogador galgou ao status de grande aposta do futebol brasileiro no Sul-Americano Sub-17, na Venezuela, em 2005.

Posteriormente, foi comprado pela Internazionale de Milão, passou por Chievo, da Itália, e Ajax, da Holanda. Ontem ele foi apresentado oficialmente como reforço do Paraná Clube e falou um pouco de sua expectativa na Vila Capanema, a vontade de esquecer as lesões e, principalmente, do desejo de recomeçar. Confira:

Qual a motivação para a estreia?

Estou muito feliz, realizado, por depois de muito tempo estar voltando a fazer o que gosto, voltando a ter a alegria de jogar. Estou muito feliz de estar em um grupo em que me sinto bem, consigo falar, me movimentar. O bom é que tem muitos jogadores de qualidade. Espero estrear bem pra começar a apagar a imagem do primeiro turno que o Paraná fez.

Depois de voltar de contusões no futebol europeu, acredita que esse é um recomeço de sua carreira?

Recomeço, em qualquer clube que a gente passa recomeça uma nova etapa. Eu vou começar uma nova etapa aqui. O clube abriu as portas pra mim e vou dar o meu melhor. É claro que teve algumas lesões que atrapalharam, que é um passo que a gente vai adiante por um futuro bom.

Tem algum tipo de insegurança após um longo tempo de inatividade?

Eu já tive vários retornos. Esse não é o último e não é o primeiro. Estou muito tranquilo. Acho que o único ponto que poderia me tirar do jogo seria algum tipo de lesão muscular, mas disso eu estou zerado.

Quem está com Deus está com tudo. Acho que não machuco mais. Já machuquei pela carreira toda e nem gosto de focar nisso de ter machucado. Acho que isso é passado. Gostaria de começar uma nova vida agora e vai dar tudo certo.

Você se surpreendeu com a titularidade domingo (amanhã)?

Acho que foi até mais rápido do que eu imaginava. Achava que teria mais uma semana pra treinar. Mas isso é bom, acho que a gente vai no sacrifício, a gente vai pelo atalho do campo, sabendo correr legal.

Dá pra correr com a molecada, que lá na frente é muito rápida. Talvez eu não aguente acompanhar. Isso, se pegar pelo ritmo do Diego e do Kelvin correndo. Eles têm uma alegria muito grande nas pernas. Eu tentarei dar uma segurada atrás pra ajudá-los a resolver o jogo ali na frente.

Você é quem determina quanto tempo poderá ficar em campo na estreia?

É o corpo. Acho que deixei bem claro pra comissão que 100% fisicamente eu não estou. Eu vou no meu limite. Quero sim jogar os 90 minutos, pra ajudar. Se chegar uma hora que eu não esteja produzindo nada em campo, vou pedir pra sair. Até por ter gente de qualidade ali no banco que pode resolver numa entrada.

O drible da foca vai entrar em ação?

Hoje, o principal, é ganhar os jogos. Isso é o mais importante, que estamos precisando. A alegria e a habilidade começam a aparecer depois que os resultados surgem.

Não é uma coisa forçada. Acho que tem momentos do jogo que vai dar pra fazer e momentos que não vai dar. É um recurso técnico que você tem em um lance que pode surgir. Eu não forço nada. É uma coisa natural e que pode acontecer.

Como você encara os jogadores do clube já tentando imitar o drible da foca?

Os moleques têm qualidade, mas é uma coisa de muito treino. Eu não comecei a fazer isso ontem. Eu treino isso desde os doze, dez anos de idade. É uma coisa que requer muita repetição.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna