Justin é o homem mais veloz do mundo

Doha, Catar – Justin Gatlin é, desde ontem, "o homem mais veloz do mundo" – título que por tradição é conquistado pelo recordista mundial dos 100m, a prova nobre do atletismo. O norte-americano baixou a marca em um centésimo de segundo para incríveis 9s76, no Meeting de Doha, no Catar, que pertencia ao jamaicano Asafa Powell desde 14 de junho passado, em Atenas. Levou US$ 100 mil da Iaaf, a Associação Internacional das Federações de Atletismo pelo recorde mundial, mais US$ 30 mil da Federação do Catar, total em torno de R$ 275 mil.

Powell correrá neste sábado em São Domingos, República Dominicana. Uma batalha dos "gigantes" Gatlin e Powell já está marcada: 11 de junho, em Gateshead, Inglaterra. "Foi uma corrida perfeita", disse o recordista. "Sou muito competitivo. Prometi que bateria o recorde mundial e bati. Eu não vou até os recordes. Eles que vêm até mim."

O velocista de 24 anos vem das medalhas de ouro dos 100m e dos 200m do Mundial de Helsinque, na Finlândia, no ano passado. Na segunda-feira, já em Doha, falou que estava em condições de quebrar a marca em poder de Asafa Powell.

"É incrível que tenha conseguido", falou Gatlin. "Custou muita disciplina e dedicação. E vocês vão ver muitas apresentações minhas como esta, em futuro próximo."

Gatlin teve uma largada precisa, e manteve o ritmo ao lado de seu compatriota Terrence Trammel nos primeiros 50 metros. Na parte final da prova, acelerou para cruzar a linha em primeiro lugar.

Encerrada a corrida, o recordista correu para as arquibancadas, onde abraçou seus companheiros de equipe dos Estados Unidos, enquanto cerca de 10 mil pessoas do público o aplaudiam em pé. Em seguida, Gatlin se ajoelhou na pista com um ramo de flores nas mãos, antes de posar para os fotógrafos ao lado do placar eletrônico com seu recorde mundial de 9s76.

O melhor tempo de Gatlin até então tinha sido o 9s85 da medalha de ouro olímpica em Atenas/2004. No Mundial/2005, o ouro foi com 9s88. Asafa Powell vinha de bater o recorde do norte-americano Maurice Green, de 9s79, em junho de 1999. Tim Montgomery, também norte-americano, teve a marca de 9s78, em Paris/2002, cassada pelo escândalo de doping do laboratório Balco, dos Estados Unidos.

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