Japonês dá show e é campeão mundial de ginástica pela 6ª vez seguida

Há sete anos não há nenhum ginasta melhor do que Kohei Uchimura. O japonês conquistou, nesta sexta-feira, o seu hexacampeonato ao vencer o individual geral do Mundial de Ginástica Artística de Glasgow (Escócia). Desde a prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, o astro ganhou tudo, inclusive o ouro olímpico em Londres-2012.

Em Glasgow, já são duas medalhas de ouro para Uchimura, que levou o Japão ao título por equipes na quarta-feira. Naquela ocasião, ele caiu no último aparelho, a barra fixa, e quase jogou a vitória fora. Desta vez, entretanto, o japonês foi perfeito, somando incríveis 92,332 pontos, melhorando em 0,4 pontos os resultados dois últimos Mundiais.

A medalha de prata, de forma surpreendente, ficou com o cubano Larduet Manrique. Sétimo nas eliminatórias, o jovem de 19 anos mostrou evolução para terminar em segundo, com 90,698 pontos. O bronze foi para o chinês Deng Shudi, que somou 90,099 pontos.

Dois brasileiros também competiram. Arthur Nory, finalista pelo terceiro ano seguido, teve seu melhor desempenho em Mundiais somando 87,966 para ficar na 12.ª colocação. Em 2014 ele havia ficado em 21.º, na casa de 84 pontos. Um ano antes, em 17.º, na casa de 85.

Diferente dos anos anteriores, desta vez Nory não teve falhas graves, praticamente repetindo o desempenho da fase de classificação. Nas eliminatórias, entretanto, ele havia superado a barreira dos 88 pontos, com 88,182. Na final, mostrou um desempenho melhor no solo: 15,000, nota que seria suficiente para levá-lo a final deste aparelho.

“Estou muito satisfeito, muito feliz. Foi um ano bem difícil para mim e cada aparelho eu estava indo com emoção, com o amor que tenho pela ginástica. Eu queria estar aqui desde o começo do ano, era minha meta, estou muito feliz, muito contente”, disse Nory em entrevista ao SporTV.

Na avaliação dele, ainda há margem para melhora até os Jogos do Rio. “Melhorei muito do ano passado para cá. Estou sobrando, tem muita coisa que dá para colocar, dá para fazer, para aumentar degrau por degrau”, comentou. A medalha de bronze ficou a 2,133 pontos para ele.

Lucas Bitencourt, entretanto, não foi tão regular e terminou apenas na 20.ª colocação na final, com 83,831 pontos. Em sua primeira final de Mundial, o paulista de 21 anos falhou no solo, recebendo apenas 12,966, errou a saída das barras paralelas, e ficou longe de repetir o desempenho da classificação: 86,564.

“Foi minha primeira final no Mundial, já to muito feliz por estar competindo com eles (os melhores do mundo). Já é uma felicidade enorme. Toda competição a gente tem um aprendizado, essa eu aprendi bastante também. É vivendo e aprendendo, como qualquer esporte. A gente sempre leva uma coisa boa e hoje eu estou muito feliz só por ter competindo a final”, declarou Lucas ao SporTV.

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