Guilherme Macuglia exige mais do que jogar

O Coritiba inicia a semana de preparação para a estréia na Série B com o técnico Guilherme Macuglia ?fazendo a cabeça? dos jogadores. Na pressão que é vestir a camisa alviverde, o treinador já avisou aos jogadores que é necessário dar um algo a mais no início da competição, principalmente porque as cobranças serão bastante grandes. Mesmo mantendo o apoio ao time durante as partidas, a organizada Império Alviverde já adiantou que a vigilância será grande. O primeiro confronto na Segundona será o Paulista, sábado, às 16h, no Couto Pereira.

?Alguns torcedores têm conversado com a gente e dizem que vão apoiar e essa tranqüilidade os jogadores vão ter, mas até um certo momento?, diz o treinador. No entanto, ele sabe, e já passou aos jogadores, que é preciso ter bons resultados. ?Os jogadores têm que mostrar essa garra, a raça que o torcedor pede e, mesmo não conseguindo o resultado, mostrando grandeza dentro de campo, o torcedor vai nos apoiar e é isso que os jogadores precisam mostrar dentro de campo?, aponta.

Para Macuglia, o torcedor tem razão em fazer as cobranças. ?Em função dos últimos resultados, das últimas campanhas, era um time que estava na primeira divisão, disputou a Libertadores, caiu e não subiu. Então, o torcedor está triste e nós temos que lutar para mudar esse resultado?, destaca. Para mudar isso, ele só vê uma solução.

?É sermos campeões da Série B e esse é o nosso objetivo. Entendemos a nossa torcida, a gente é cobrado na rua, até da própria organizada, mas conversamos e eu passei para os jogadores que esse campeonato é fundamental?, finaliza o treinador.

Reforço

A diretoria do Coritiba anunciou ontem a contratação do zagueiro Dezinho, que disputou o Estadual pela Adap Galo. Ontem mesmo, junto com o atacante Gustavo (ex-Internacional), ele fez exames médicos e assinou contrato. Além dele, o clube ainda procura outro defensor para compor o elenco. Já o volante Paulo Almeida pode não vir mais. Se ele não der sinal de vida até hoje, o clube vai atrás de uma alternativa. ?Temos outras três opções para a posição?, revela João Carlos Vialle, coordenador de futebol. Uma destas opções pode ser Batista, ex-Paraná Clube e que está no Avaí.

Café tenta provar que não é sacana

Acusado de desagregador por parte da diretoria do Coritiba, o goleiro Rodrigo Café partiu para o ataque e quer provar que não é nada disso do que estão pintando. Depois de bater boca publicamente com o meia Renan, ex-colega de CT da Graciosa e atualmente no Paraná, ele perdeu a chance de virar titular da equipe e ainda foi incluído na lista de dispensa divulgada após as eliminações no Paranaense e na Copa do Brasil. Mesmo assim, ele garante que não tem inimizade com ninguém e que gostaria de ter continuado no clube, mas já analisa algumas propostas.

?Não teve nada com os jogadores e o próprio Artur disse isso. Eu, inclusive, freqüentava a casa dele?, destaca o arqueiro. Segundo o jogador, foi só o meia Renan acusar ele de ?traíra? para surgirem vários comentários contra ele. ?Depois que ele disse aquilo, muita gente falava que eu vibrava quando o Artur tomava gol, que não vibrava quando ele defendia pênalti.

Eu seria burro de fazer isso num estádio com 20 mil pessoas?, justifica Café.

De acordo com Café, o atrito com o Coxa começou quando seu procurador, Cúnico Bach, resolveu pedir aumento. ?Meu empresário brigou com a diretoria porque a gente queria uma coisa e eles não. Eu ainda ganho salário de júnior?, revela. Ao mesmo tempo, surgiu a proposta do Bahia, mas ele preferiu ficar quando a diretoria acenou com a possibilidade da titularidade. ?Não fui porque o time estava bem, eu gosto do Coritiba e falei que queria ficar até o final do meu contrato?, aponta.

No entanto, mesmo com a saída de Artur, ele também foi incluído na lista de dispensa divulgada na semana passada. ?Às vezes, é bom sair de uma ilusão e ir para uma coisa mais concreta?, analisa. E, essa coisa mais concreta pode pintar em breve. ?Tem alguns clubes interessados e alguns empresários estão ligando. Pode ser que surja alguma coisa até para fora do País?, finaliza.

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