Gol irregular na prorrogação coloca a França na Copa

Foi sofrido e, principalmente, polêmico, mas a França se garantiu na Copa do Mundo de 2010 nesta quarta-feira ao empatar por 1 a 1 com a Irlanda, na prorrogação, em jogo disputado no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris. A partida foi o duelo de volta do confronto válido pela repescagem das Eliminatórias Europeias. Na ida, em Dublin, os franceses venceram por 1 a 0.

Mesmo confirmada na África do Sul, a classificação da França ainda promete ser muito contestada pelo gol irregular que valeu a vaga. No primeiro tempo da prorrogação, após a vitória por 1 a 0 da Irlanda no tempo normal, o atacante Henry carregou a bola com a mão antes de fazer a assistência para o zagueiro Gallas empatar o jogo. Os irlandeses, desesperados, tentaram a todo custo convencer o árbitro da irregularidade, mas de nada adiantou.

Enquanto a França, atual vice-campeão do mundo e vitoriosa em 1998, disputará a sua quarta Copa seguida, a Irlanda ficará de fora pela segunda vez consecutiva do Mundial. Os irlandeses jogaram sua última Copa em 2002, quando chegaram a avançar até as oitavas de final, mas foram eliminados pela Espanha.

Nesta quarta-feira, a França não fez um bom jogo. Já a Irlanda, empurrada pelos torcedores, que compareceram em grande número ao Stade de France, pressionou desde o início. A iniciativa maior dos visitantes foi recompensada aos 32 minutos, quando Duff foi até a linha de fundo e rolou atrás para Robbie Keane. O atacante do Tottenham chegou batendo de primeira, no canto, e abriu o placar.

Sem conseguir criar chances claras de gol, os franceses levaram o jogo à prorrogação e só conseguiram o empate em um lance de bola parada. Em falta cobrada na área, Henry dominou com a mão esquerda, quase na linha de fundo, o que o permitiu fazer o passe com o pé para Gallas, que entrava livre e marcou de cabeça. Foi quando começou a revolta dos irlandeses.

Imediatamente ao domínio do atacante do Barcelona, ao menos cinco irlandeses levantaram o braço na área pedindo a marcação da irregularidade. Como os assistentes nada assinalaram, o árbitro sueco Martin Hansson entendeu que o lance foi normal e validou o gol. Mesmo pressionado pelos jogadores e pelo técnico da Irlanda, o juiz alegou que Henry havia dominado a bola com a coxa.

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