Geninho diz que inexperiência do grupo pode pesar

Após o começo desastroso no Brasileirão, no qual o Atlético conquistou apenas um ponto em 12 disputados, a juventude do grupo tem sido apontada como um dos fatores para o início instável de competição. O artilheiro Rafael Moura, inclusive, após a derrota para o Flamengo, afirmou que o time é um pouco imaturo e precisa buscar atletas experientes.

Nesse contexto de liderança e experiência é que se enquadra a necessidade de contratação do meia Paulo Baier, 34 anos, pretendido pelo Furacão e por outros clubes do futebol brasileiro.

“Creio que o Baier iria ajudar em vários quesitos. Tem uma boa liderança, é um jogador que fala, tem boa movimentação. É um meia que chega na frente para fazer gol. Ele poderia nos ajudar com a experiência que tem”, analisou o comandante Geninho.

Sobre a influência da jovialidade no rendimento do time rubro-negro (possui a menor média de idade dentre todas as equipes da Série A), o treinador acredita que em um campeonato tão puxado e difícil como o Brasileirão, esse fator pode pesar. E ressaltou que o maior problema nem é a pouca idade do elenco, mas que o Furacão não possui aquele atleta que chama a responsabilidade do jogo.

“O Atlético não tem jogadores experientes, aqueles que chamam o jogo pra si. É o que chamamos de jogador com liderança. Mas o Atlético não é todo jovem. Tenho jogadores rodados, mesmo jovens. Seria bom equilibrar esses garotos com um pouco mais de experiência pra que ficasse um time mais rodado”, esclareceu Geninho, que citou o jogo contra o Corinthians, em Curitiba, como um bom exemplo da falta de catimba do grupo rubro-negro. “Com um time mais rodado, você administra o placar. O nosso quer correr muito, quer jogar. Isso é próprio de um time jovem”, analisou.

Contratação

Em busca dessa liderança em campo, o Atlético trabalha para convencer Paulo Baier a defender as cores vermelha e preta. Foi cogitado que o clube ofereceu ao Sport R$ 100 mil e mais uma lista de jogadores para serem escolhidos pela diretoria do Leão.

Porém isso pode não ter relevância, já que o procurador do jogador, Neco Cirne, optou por bancar a rescisão do meia (R$ 300 mil) e depois negociar com os clubes pretendentes.

Diante dessa atitude, a relação de amizade entre Paulo Baier e o treinador Geninho, que já trabalharam juntos, pode facilitar a vinda do meia para a Baixada.

O futuro do jogador será decidido até o fim desta semana. Caso a negociação não progrida, o Atlético continuará a busca pelo jogador de referência. Mas o mercado não dispõe de muitas opções.

“Não é fácil achar jogador líder e alguns times que não têm essa liderança estão sofrendo um pouquinho. A própria contratação do Roni que foi procurado e preferiu permanecer no Santos se baseava mais na experiência e liderança do que em sua técnica. Estamos procurando e não dá para esperar a janela de transferência internacional, já que o Atlético precisa de jogador para ontem”, finalizou Geninho.