Galatto deve perder o posto de titular no Atlético

A camisa número um do Atlético terá um novo dono contra o Flamengo, domingo, no Maracanã. O técnico Geninho ainda não confirmou, mas tudo indica que Vinícius será o titular.

A desastrosa atuação contra o Náutico deve mesmo tirar Galatto do time principal. Foram duas falhas, uma delas clamorosa, que definiram a derrota por 3 a 2, em plena Baixada. Resultado que colocou o Rubro-Negro na lanterna do Brasileirão, com apenas um ponto.

Por enquanto, Geninho prefere fazer mistério. “Temos a semana toda para decidir. Quando eu definir o time, estará decidido quem será o goleiro”, despista o treinador.

Porém, não faltam pistas que indicam uma mudança na meta atleticana. A principal delas, talvez, tenha sido a presença de Vinícius na entrevista coletiva da tarde de ontem, no CT do Caju.

Para não contrariar o treinador, Vinícius segue cauteloso. “O Geninho também não passou nada para nós. O titular é o Galatto. Não sei se haverá uma mudança ou não”, garante.

Por via das dúvidas, ele diz estar preparado para assumir a camisa imortalizada por Caju. “O goleiro reserva é o que menos tem chances de entrar. Mas tem que estar sempre bem preparado. Esse é meu pensamento. Tento estar sempre pronto para entrar e corresponder”, ressalta.

Vinícius já fez seis jogos como titular em 2009: quatro pelo Paranaense; contra o Tocantins, pela Copa do Brasil, e contra o FC Dallas, no Desafio Brasil-EUA. E já sentiu na pele o drama vivido por Galatto.

Ele perdeu o lugar no time devido a algumas falhas, principalmente em chutes de longa distância. Agora, ele volta à equipe após os erros de Galatto, já consciente da pressão que irá enfrentar.

“O futebol é cobrança. Em cima do goleiro, principalmente. Ele não pode falhar nunca e quando falha é muito cobrado. É sempre o mais criticado e o que tem as falhas mais imperdoáveis. Temos que aprender a lidar com isso, porque nunca vai mudar”, destaca.

Defesa

Para Vinícius, a principal falha de Galatto, que soltou uma bola cruzada no lance do segundo gol do Náutico, não é algo incomum. “A saída do gol é um dos fundamentos mais difíceis. Tem vários fatores que influenciam. O vento pode mudar a trajetória da bola, o refletor pode atrapalhar, tem que sair com a mão e não há como se proteger. Temos trabalhado muito isso”, avalia.

Ele também garante que não teve problemas com a mudança do treinador de goleiros. Em fevereiro, Wanderley Filho substituiu Eduardo Bahia, que foi para o Santos.

“Não atrapalhou, não. A filosofia do Wanderley é um pouco diferente, mas já convivemos com vários preparadores e nem por isso caiu o rendimento. Cada um tem sua característica, mas o fundamental é trabalhado da mesma maneira”, conclui.