Futuro de Felipão depende de Teixeira

Porto Alegre – O técnico Luiz Felipe Scolari manteve o mistério sobre seu futuro na seleção brasileira durante as homenagens que recebeu ontem em sua cidade natal, Passo Fundo, a 290 quilômetros de Porto Alegre. Em entrevista coletiva às emissoras de rádio e televisão e aos jornais locais, ele considerou que não adiantaria ter projeto de sair ou ficar antes do encontro com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. A reunião, que estava marcada para segunda-feira passada, havia sido adiada para hoje, e foi transferida para amanhã.

“É ele (Teixeira) que vai dizer o que acha mais correto”, adiantou Felipão. “Depois disso vamos dialogar e então, como duas pessoas que têm uma grande amizade, diremos um ao outro que achamos isso ou aquilo”, despistou.

Entre os motivos que poderão levá-lo à decisão não está o dinheiro, garantiu Felipão, irritado com a pergunta sobre aumento salarial. “Quem inventou isso (que o salário poderia passar para R$ 500 mil mensais) é pessoa que não tem cérebro”, reclamou. “Quando eu fui para a seleção passei a ganhar menos do que no Cruzeiro. Nunca falei sobre dinheiro, nunca.”

Como é certo que estará dirigindo a seleção no amistoso contro o Paraguai, no próximo dia 21, em Fortaleza, Felipão antecipou que vai procurar Ronaldo para esclarecer os desentendimentos gerados por entrevistas que ele e o atacante deram depois da Copa. O técnico, que chamou o jogador de “mimado” e que viu, pelos jornais, como resposta, “que algumas pessoas se comportam melhor como perdedores do que como vencedores”, garante que tudo foi um mal-entendido.

No jogo com o Paraguai, seu plano é colocar todos os convocados para atuar, como forma de agradecer aos vencedores da Copa.

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