Furacão esteve irreconhecível diante do Guarani

Depois de seis rodadas sem perder, o Atlético parou (nos próprios erros) e na defesa do Guarani na derrota por 1 a 0, com gol contra de Rhodolfo, aos 39 minutos do 2.º tempo, ontem, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.

E se o Furacão não perdia há várias rodadas, por outro lado, o Guarani segue praticamente imbatível jogando em casa. O Bugre não perde diante da sua torcida desde o dia 14 de julho (0 x 3 pra o Internacional).

A derrota não só finda a boa fase atleticana como também empurra o time uma posição para baixo na tabela. Atlético e Guarani trocaram de lugar na classificação. O Rubro-negro é o 8.º e o Guarani 7.º.

O placar magro resume bem o que foi partida, embora um empate sem gols também fosse um resultado equivalente ao que os dois times apresentaram – poucas chances de gol, falhas no meio campo e ausência de criatividade.

O primeiro tempo foi morno. Olberdam, Netinho e Thiago Santos, três novidades no time de Paulo César Carpegiani, não mostraram serviço e podem ter perdido a oportunidade de ganhar uma vaga entre os titulares.

Com os três aparecendo muito pouco, o Atlético sentiu as “ausências” e não conseguiu se impor contra um adversário também bastante fraco, mas com dois homens de frente que incomodaram a defesa.

No intervalo Carpegiani fez duas alterações para corrigir a saída de bola, falha que ele cobrou durante a primeira etapa, mas só com instruções à beira do campo não conseguiu resultado.

Olberdam e Netinho saíram. O meia, fazendo a mesma função de Branquinho, facilitava a saída do Guarani. Contudo, as presenças de Vitor e Iván Gonzales não amenizaram os problemas do Furacão. A defesa só não foi mais exigida por erros de finalização do Guarani, que mesmo com as boas presenças de Ricardo Xavier e Mazola, ofereceu pouco perigo.

Ao sair para o intervalo de jogo, o zagueiro Rhodolfo reclamou das falhas no meio-de-campo, alertando para a dificuldade que ele e Manoel tiveram para impedir a chegada do Guarani, que teve 18% de acertos nas finalizações, contra nenhum acerto atleticano.

Mesmo com todos os alertas feitos, as mudanças de Carpegiani não surtiram efeito e com 20 minutos da etapa final, o jogo continuava morno, com o Rubro-negro sofrendo sem articulação no setor de criação.

Branquinho, que era a esperança de ligação com o ataque, não correspondeu ao esperado, assim como Bruno Mineiro, que ainda tentou chegar à meta adversária, mas não teve sucesso, um reflexo de um confronto sem finalizações e sem emoção.

E a preocupação de Rhodolfo com os atacantes adversários se concretizou aos 39 minutos do 2.º tempo, com um gol contra do próprio zagueiro. Mazola, como fez em quase todas as suas subidas, passou pela defesa, em uma falha de marcação de Leandro e Manoel, que se atrapalharam.

O atacante bateu cruzado, a bola tocou em Rhodolfo e enganou o goleiro Neto. Com socos no gramado, o defensor e capitão do Furacão viu a invencibilidade de seis jogos se perder nas redes do Brinco de Ouro da Princesa.

O próprio Rhodolfo, no último minuto de jogo, quase mudou o resultado na melhor chance atleticana. O zagueiro matou a bola no peito, mas o chute à queima-roupa parou nas mãos do goleiro Émerson.