“Supermando nunca mais”. O discurso do diretor de futebol do Cianorte, Adir Kist, deixou clara a posição dos clubes no pré-arbitral do Estadual 2011, realizado ontem na Federação Paranaense de Futebol (FPF).
A intenção da quase anônima reunião foi debater uma nova fórmula para o Campeonato Paranaense, tentando evitar os desgastes existentes nas duas últimas edições. “Realmente, o formato anterior foi muito questionado. Por isso, não existe mais o direito de errar”, disse o diretor de futebol do Coritiba, Felipe Ximenes.
Situações como o fracasso de bilheterias e o desinteresse dos telespectadores por acompanhar o torneio pela TV foram apontadas. Para tentar ressuscitar o interesse do povo paranaense pelo vilipendiado campeonato local, três maneiras de disputa ganharam força entre os cartolas.
Numa delas, apresentada pela FPF, o torneio teria pontos corridos na primeira fase, com turno e returno, e os vencedores de cada etapa fazendo a final. Dirigentes de clubes também mostraram interesse pela disputa nos formatos do Campeonato Gaúcho e Carioca.
Os regulamentos agora serão debatidos internamente nos times e a próxima reunião está marcada para agosto, já com a presença de campeão e vice da Divisão de Acesso. Procurado na tarde de ontem, o vice-presidente da FPF, Amilton Stival, alegou compromissos pessoais e não se pronunciou sobre o encontro.
Clubes e federação devem iniciar também a busca por patrocinadores. Nas duas últimas edições, interioranos como o Paranavaí amargaram pesados prejuízos que superam os R$ 300 mil.
Prejuízo
Se as novas receitas vão aparecer para salvar o futebol fora da capital, ninguém sabe. Porém, serve de consolo a diminuição no número de clubes. “Bom, assim sobram 15% das receitas para ser divididos entre as equipes”, disse o coxa-branca Felipe Ximenes.
