O ambiente mudou nas Laranjeiras. A excitação e alegria pela chance de conquistar a Libertadores viraram angústia e depressão entre os jogadores do Fluminense. E a derrota para o Goiás, no último domingo, em Goiânia, pelo Brasileirão, não ajudou nem um pouco o moral do time.
Além da decepção por ter perdido o título da Libertadores, o Fluminense está na lanterna do Brasileirão, com apenas três pontos ganhos em nove rodadas, e é o único time que ainda não venceu na competição.
Entre os jogadores, é consenso que está na hora de deixar o luto pelo vice-campeonato continental de lado e se concentrar no campeonato nacional. A receita, segundo o capitão Luiz Alberto, é justamente jogar cada partida com a mesma intensidade demonstrada na Libertadores.
"Empate agora é derrota. Temos que ter aquele espírito da Libertadores e entrar em campo como se fosse semifinal", pediu o zagueiro, que admitiu dificuldades para dormir nos últimos dias. Mas o jogador prega calma neste momento e quer que o time pensa em um jogo de cada vez, sem ficar antecipando ou fazendo contas necessárias para sair da zona de rebaixamento. "Temos que pensar passo a passo. Vencer a primeira e seguir a partir daí".
O Fluminense tem uma seqüência de duas partidas no Maracanã para iniciar a reação, a começar pelo Atlético-PR, quarta-feira à noite. E o técnico Renato Gaúcho provavelmente poderá contar com o retorno do atacante Washington, que parece recuperado de dores musculares. Ele participou de um jogo-treino para os reservas, nesta segunda-feira, nas Laranjeiras, contra o Olaria e marcou um dos dois gols da vitória por 2 a 1.
"Quero jogar. Não agüento ficar muito tempo fora", disse Washington, que sabe o quanto a torcida anda cabisbaixa mas pede a sua presença no Maracanã. "Sabemos que o torcedor está triste. Nós também. Mas é nessa hora que precisa haver uma união entre jogadores e torcida".