O ostracismo que dominou o tênis feminino nos últimos anos mantém as brasileiras afastadas dos Grand Slams. Se uma representante do País não disputa a chave de simples desde 1993, Maria Fernanda Alves participou do Aberto da Austrália-2005 em duplas.
Após superar uma série de lesões e problemas de saúde, a remanescente planeja recolocar o tênis nacional no top 100 depois de mais de 20 anos.”Tive tendinite no cotovelo, burcite no pé, pedra no rim e diverticulite. Agora, já estou bem, mas perdi muito físico e só neste momento estou voltando a ficar forte para jogar e crescer novamente. Nesse ano, quero voltar ao grupo das 200 melhores. Em 2012, a ideia é entrar no top 100”, disse a jogadora.
Antes da série de problemas, Nanda chegou a se aproximar da elite: foi a 132.ª do ranking de simples em setembro de 2005 e a 109.ª da lista de duplas em abril de 2006.
Após os imprevistos, a ex-número 1 do Brasil, 28 anos e 45 participações na Fed Cup, despencou no ranking – é a 485.ª em simples e a 185.ª em duplas. Dona do 76.º lugar do ranking mundial em 1989, Andréia “Dadá” Vieira foi a última brasileira a integrar o top 100, já que permaneceu no grupo até abril de 1990.
A tenista, eliminada na primeira rodada do Aberto dos Estados Unidos-1993, também é a mais recente representante do País na chave principal de simples de um Grand Slam.
Diante da queda significativa no ranking mundial, Maria Fernanda Alves usa os torneios de nível future na tentativa de voltar a evlouir. No último dia 6 de agosto, a tenista venceu a jovem promessa Bia Maia, 15 anos, na final do campeonato realizado no Clube Paineiras do Morumbi.
Atualmente, Nanda cursa administração de empresas em uma universidade à distância, mas não pensa em se aposentar. “Eu gosto muito de jogar, ainda estou me sentindo bem e posso continuar por mais alguns anos. A vida tenística aumentou e o pessoal tem jogado até os 34, 35 anos. Enquanto estiver bem de cabeça e de saúde, vou continuar”, avisou.