Evair ganha o respeito da torcida da Ponte Preta

São Paulo – O anúncio da contratação de Evair como coordenador das categorias de base da Ponte Preta, no começo do ano, caiu como uma bomba no clube.

Nada demais em colocar o futuro do futebol da equipe nas mãos do vitorioso ex-jogador do Palmeiras, Goiás, Vasco, Portuguesa, Atlético-MG, São Paulo, Goiás, Coritiba, Figueirense e Atalanta (ITA). O problema é que ele é um dos maiores ídolos da história do arqui-rival Guarani.

A notícia da chegada de Evair na Ponte dividiu opiniões em Campinas. Entre os torcedores do Guarani, decepção pelo fato de um de seus heróis vestir a camisa, ainda que na comissão técnica do rival. Entre os ponte-pretanos, a desconfiança pela contratação de um ?inimigo? e uma resistência que chegou a resultar em protesto nas portas do Estádio Moisés Lucarelli. Foi necessária uma boa dose de diplomacia para resolver a situação.

?Honestamente, não esperava aquela reação?, contou Evair, que não se intimidou com o conflito inicial. ?Fiz uma reunião com representantes da torcida e expliquei minha situação. Não tinha mais nenhum contato com o Guarani desde que saí de lá há 19 anos.?

A conversa rendeu uma trégua temporária da torcida. Mas outra reviravolta estava por vir com a saída de Wanderlei Paiva do comando do time principal da Ponte. Nelsinho Baptista assumiu o cargo, mas chegou sem auxiliar técnico.

Apesar de Nelsinho ter afastado Evair do elenco do Palmeiras no começo da década de 90, Evair foi escolhido para ser o auxiliar técnico. E, pelo menos até agora, os dois convivem em aparente harmonia.

?Minha principal função é municiar Nelsinho de informações sobre os adversários do time no paulista?, explicou Evair. ?Contra o Palmeiras, foi mais fácil porque o time tinha vários atletas que conhecia bem. É mais complicado quando os atletas da outra equipe são desconhecidos.?

Além de estudar os adversários da Ponte, Evair tem colocado sua experiência a serviço da orientação dos atacantes do clube. Ele disse que atualmente os jogadores de sua posição chegam ao time profissional com deficiências em vários fundamentos. ?Quando subi estava bem preparado. Isso não acontece mais hoje?, revelou Evair.

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