Emerson quer ?vida nova? no Paraná Clube

Depois de uma experiência frustrada no futebol carioca, o xerifão está de volta. Um dia após completar 31 anos, o zagueiro Émerson se apresentou ao Paraná Clube. Na visão do atleta, mais um acontecimento positivo em uma temporada promissora, que começou com o nascimento de sua primeira filha, Evelyn, na última segunda-feira. ?Espero que essa alegria na vida particular reflita na vida profissional?, disse Émerson. ?Só foi difícil deixar a família em Bauru, mas faz parte da profissão.?

Disposto a estrear já na quinta-feira, frente ao Roma, o zagueiro sabe que terá que queimar etapas para ficar à disposição da comissão técnica. ?Todo início de temporada é assim. Os times de ponta têm que correr contra o tempo para recuperar a forma física e tentar equilibrar na técnica?, comentou. ?A gente faz um X-Tudo nos primeiros dias e tudo bem.?  E foi assim mesmo. Émerson mal teve tempo para as apresentações. Foi logo para a sala de musculação e depois para o gramado, onde realizou testes físicos.

O zagueiro chega com a missão de garantir estabilidade ao setor que foi destaque do time no Brasileiro – a segunda melhor defesa da competição – e que acabou sendo desmantelado. Daniel Marques, Marcos e Aderaldo deixaram o Tricolor, que foi buscar Gustavo e Émerson. Como Luiz Carlos Barbieri já confirmou a manutenção do 3-5-2, além dos recém-contratados o setor terá ainda o experiente Neguete, remanescente do ano passado.

?O caminho é esse mesmo.

A partir de uma defesa forte, fica mais fácil acertar o time?, comentou Émerson. O zagueiro ainda traz boas recordações de sua primeira passagem pelo clube. ?Em 2004, o Paraná vinha sofrendo muitos gols. Corrigimos isso e terminamos o ano com números expressivos.? Coincidência ou não, foi a partir da chegada de Émerson que o Tricolor equilibrou sua defesa e conseguiu os resultados que o mantiveram na primeira divisão.

?Agora, a responsabilidade é maior. O clube vive outro momento. Está na Sul-Americana e tem ambições já no estadual?, frisou. No ano passado, Émerson até participou dos primeiros jogos do Campeonato Paranaense, mas depois se deixou seduzir por uma proposta do Botafogo. Indagado sobre sua passagem pelo Rio de Janeiro, o zagueiro foi autêntico na resposta. ?Se arrepedimento matasse…?, desabafou.

Émerson, que no Paraná não sofrera uma lesão sequer, teve uma série de contusões no Botafogo, que comprometeram o seu rendimento final. ?Além disso, trabalhamos com três técnicos. Isso é ruim?, lembrou. Sobre a questão financeira, Émerson não fez rodeios. ?Eles ainda me devem outubro, novembro e dezembro. Mas, uma hora o dinheiro vem?, confia. Nessa volta ao Tricolor, o zagueiro viu um clube bem melhor estruturado do que aquele de um ano atrás.

?O Paraná está se organizando. Hoje, já tem um grupo formado e isso nos dá a confiança de uma grande temporada.?

Elenco ainda não está fechado

Faltam apenas cinco dias para a estréia do Tricolor no Paranaense-2006. O elenco ainda está sendo montado, mas a base para a estréia é a que vem treinando em ritmo intenso desde a última terça-feira. A dúvida maior fica por conta da possível utilização do goleiro Flávio. Diretoria e atleta devem ?bater o martelo? somente na segunda-feira, quando haverá nova rodada de conversações.

Mas, essa não é a única pendência em relação ao grupo. Também na segunda-feira deve chegar a Curitiba o volante Mário César. Depois de passar as férias no Rio de Janeiro – onde ele casará na noite de hoje – o jogador se apresenta confiante na renovação de seu contrato. O obstáculo maior é o vínculo do atleta com o Nova Iguaçu-RJ até 2008. ?Vamos tentar encontrar uma solução?, disse o empresário do atleta, Cláudio Oliveira. O Paraná deixa claro que não pagará pelo empréstimo do jogador.

Resolvendo essas questões ?domésticas?, o clube parte para as últimas contratações para a disputa do Estadual. Nas projeções da diretoria e da comissão técnica, o Paraná ainda necessita de um lateral-esquerdo, um meia-armador e um ou dois atacantes. A questão da ala pode ser fechada nos próximos dias. Um jogador do interior paulista, cujo nome não é revelado, estaria praticamente acertado. A opção ?B? seria Edinho, que não fechou com o São Caetano e retomou contatos com a diretoria. Já para o setor ofensivo, o Tricolor trabalha com quatro opções, mas em absoluto sigilo.

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