Dois extermos e um objetivo

O desafio está lançado e Atlético e Paraná Clube prometem um dos melhores clássicos entre os rivais da Avenida Engenheiros Rebouças dos últimos anos. As duas equipes vivem situações opostas na tabela do Campeonato Brasileiro, mas as rodadas anteriores mostram porque o Rubro-Negro é líder e que o Tricolor está em franca ascensão. Não bastasse isso, os dois clubes mostram um histórico de equilíbrio quando se encontram. Motivos de sobra para a partida de amanhã, programada para às 16h, na Arena da Baixada, local em que o time da Vila Capanema nunca comemorou uma vitória. O Furacão ainda tem a vantagem de entrar em campo sabendo do resultado do Santos (que hoje enfrenta a Ponte) e do que precisa fazer para manter a liderança.

A partida esquentou durante a semana, quando o técnico Paulo Campos, do Paraná Clube, resolveu encarar frente a frente a melhor equipe do brasileiro até aqui. O treinador lembrou das boas apresentações de sua equipe, que não perde há três rodadas e vem mostrando um bom futebol. O time da Vila já não lembra mais o saco de pancadas dos tempos de Gilson Kleina e voltou a mostrar padrão de jogo justamente com o comandante que deu início aos trabalhos para a competição, foi mandado embora e voltou para salvar a barca, mesmo com o time ainda frenqüentando a zona de rebaixamento.

Como é característico do niteroiense, o jogo de palavras virou uma de suas principais armas e está motivando seus jogadores para enfrentarem o Atlético. Por sua vez, Levir Culpi, comandante rubro-negro, preferiu ficar na sua e não entrar na discussão. Para o curitibano, o foco principal tem que ser a forma como o Furacão irá entrar em campo e jogar, não o que o adversário pensa, pode fazer ou espera que seu time faça.

Em uma coisa, no entanto, os dois concordam: no esconde-esconde, ou seja, time só na hora do jogo. Adepto do treino secreto desde que chegou ao CT do Caju, Levir inspirou Paulo Campos a fazer o mesmo na semana do clássico. Os dois não têm muitas opções, a não ser mudar o que vem dando certo, o que é pouco provável. Um esquema mais cauteloso do lado paranista e a obrigação de vencer e continuar na liderança por parte dos atleticanos deve mover as equipes amanhã.

Mesmo assim, os números podem empurrar as duas equipes para frente, principalmente o Paraná Clube, que nunca venceu um jogo nos 13 disputados no Joaquim Américo. Na história geral dos confrontos, o equilíbrio marca o encontro. O Furacão tem uma vitória a mais no cômputo geral, mas perde por uma vitória quando o confronto é reduzido para partidas pelo Brasileirão. No geral, o Atlético venceu 18 contra 17, com 23 empates. Já pelo Nacional, o Paraná Clube comemorou 4 vezes, contra 3 do Rubro-Negro e 4 empates. No Joaquim Américo, no entanto, desde a criação do Paraná (1989), o time da casa é soberano. Foram 13 confrontos, com 7 vitórias do Furacão e 6 empates. O Atlético marcou 25 gols e tomou apenas 9 do Paraná Clube.

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