Diretor paranista evita falar de crise

A crise financeira deixa o clube em suspense. O diretor de futebol Paulo Welter evitou microfones e gravadores, mas não escondia o desgaste por tudo o que aconteceu nas últimas semanas.

“Só vou falar na sexta”, disse, prometendo tomar uma posição na data do último jogo do Paraná nesta temporada. Na condição de “bombeiro”, passou os últimos dias apagando incêndios no clube, resultado da visível insatisfação dos atletas com os atrasos nos vencimentos.

Pelo que se pôde apurar, havia uma promessa de pagamento na sexta-feira, dia do jogo contra o Campinense (13/11). Desde então, a situação foi sendo postergada e sobrou para Welter dar sucessivas explicações aos atletas.

Na última viagem – para Goiânia, no fim de semana passada – chefiou sozinho a delegação. Ontem, impediu que a greve da manhã se estendesse também para o treino da tarde. “Esse grupo é muito profissional. Eles estão unidos e vão fazer um grande jogo na sexta”, garantiu Welter.

Para o dirigente, o clube não cumpre tabela apenas. “Temos que buscar a 7.ª colocação. Isso vale alguns pontos no ranking e, hoje, isso pode fazer a diferença na hora de definir uma presença na Copa do Brasil, por exemplo”, lembrou Paulo Welter.

O dirigente também descartou a possibilidade do grupo chegar a uma posição extrema de se recusar a entrar em campo frente ao Fortaleza. “Creio que tudo se resolverá nos próximos dias”, disse, confirmando que sem quitar dívidas fica muito difícil pensar em segurar os principais jogadores do atual elenco.