Dizem que os opostos se atraem. Para muitos, a frase pode parecer um exagero, mas para o coxa-branca Dimmy Monteiro e a paranista Juliana Alves, é a expressão que melhor define o relacionamento entre os dois. “Loucos” – cada um por seu time – pelo Coritiba e pelo Paraná Clube, eles vivem há sete anos dividindo suas paixões pelo futebol com o amor que sentem um pelo outro.

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O casal não mede esforços quando se trata dos respectivos times. Juliana, por exemplo, mora em Joinville por conta do trabalho, porém volta para Curitiba todos os finais de semana para acompanhar, na Vila Capanema, os jogos do Tricolor. O Paraná Clube é quase uma religião para a empresária, que já viajou para vários cantos do País para apoiar o time.

Dimmy, entre tantas loucuras, já comprou um pacote de turismo para Fortaleza, mesmo sem estar de férias, só porque assim poderia acompanhar o jogo entre Coritiba em Ceará, em 2011, pela Copa do Brasil. Ele, que é empresário, desmarcou reuniões, se viu em problemas com clientes e teve que se virar de longe para manter a empresa funcionando.

Para os dois, torcer vai muito além de vestir uma camisa e ir ao estádio, é uma herança de família vivida com dedicação, como conta Juliana.

“O Dimmy aprendeu com o pai, coxa-branca doente, a amar o Coritiba. As melhores recordações que ele tem do pai é com o Coritiba envolvido. Eu herdei do meu pai e do meu padrinho essa paixão pelo Paraná Clube. Nasci em São Paulo, meu pai sempre gostou de futebol, eu assistia com ele, quando viemos morar em Curitiba aqui tinha meu padrinho Tatão, totalmente envolvido com o Pinheiros, enquanto meu pai era Colorado. Daí surgiu minha paixão pelo Paraná Clube”, contou a empresária.

E como fazer um relacionamento assim, em que o amor tem que ser dividido, dar certo? Companheirismo!

Em dia de jogo, o coxa-branca faz questão de levar a paranista até “a porta” do Durival Britto. Enquanto a bola rola, geralmente, ele escolhe um barzinho para ir e aguardar até que o jogo acabe para reencontrar a amada.

Ela, quando o compromisso é no Alto da Glória, também leva o namorado ao estádio rival e espera os 90 minutos do lado de fora para que voltem a se ver.

E quando o jogo é Paratiba eles garantem que nem mesmo o confronto direto tira a boa convivência entre os dois.

“Cada um para o seu lado e torcendo para sair vitorioso”, falou Dimmy.

Independente do resultado nos clássicos, ou mesmo em confrontos com outras equipes, eles garantem que um sempre está pronto para consolar o outro em caso de derrotas, o que é mais importante do que qualquer discussão.

“Nunca até hoje brigamos por causa de nossos times. Cada um respeita a escolha do outro”, descreveu o torcedor do Verdão, que teve a opinião complementada pela namorada, que revelou o segredo para que o relacionamento dê certo.

“Apesar de não fazermos questão que vençam, por causa da rivalidade, queremos sempre ver o outro de bom-humor e feliz, por isso acabamos desejando que os times possam ir bem”, completou Juliana.

Como bons torcedores, os dois têm seus grupos de amigos fiéis para acompanhar o time do coração. E mesmo que possa parecer difícil que sejam aceitos no “ninho do inimigo”, eles têm um ótimo relacionamento no círculo de amizade um do outro.

Se o churrasco é só de paranistas, Dimmy é o churrasqueiro da rodada. Quando a festa é coxa-branca, Juliana é bem-vinda para comemorar e se tornou até indispensável para dar sorte.

“Antes os amigos deles não gostavam de mim, achavam que eu estava ali como intrusa, mas aos poucos foram me conhecendo melhor. Hoje fazem questão da minha presença, dizem até que eu sou o amuleto deles. O Dimmy também se obrigou a conhecer meus amigos paranistas, e agora, muitas vezes, acho que eles gostam mais dele do que de mim”, falou Juliana.

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E o que eles desejam um para o outro neste Dia dos Namorados?

“Que você não sofra muito. Se, por acaso, acontecer de o Coxa subir, ótimo, sei que você vai ficar muito feliz”, disse Juliana.

“Pela sua felicidade, que o Paraná continue na série A para ano que vem a gente possa jogar contra mais vezes, desta vez, na Série A”, finalizou Dimmy.

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