Homenagem

Dia das Crianças: Se depender da piazada, nosso Trio de Ferro tá garantido!

Se o futuro está nas mãos das crianças, que são a esperança para um amanhã melhor, no que depender de Lucas, Kauã e Pedro, o legado da torcida de Atlético, Coritiba e Paraná Clube vai se perpetuar por muitos e muitos anos. Isso porque esses três pequenos, apesar da pouca idade, já alimentam um amor incondicional pelos times do coração. Frequentadores dos estádios desde “piazinhos”, eles já sabem que o lugar da gurizada é na arquibancada e são capazes de fazer as caras fofas, ou até apelarem para o choro, para convencer os pais de que não podem perder um jogo sequer do time do coração.

Lucas Philippsen Leonardo, de sete anos, tem o DNA paranista. Com pai e mãe frequentadores da Vila Capanema muito antes de ele nascer, o menino seguiu o caminho da família. Mas, a mãe Monica Philippsen Leonardo garante que, mesmo com toda a influência, foi o garoto que escolheu por vontade própria carregar o amor pelo azul, vermelho e branco.

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“O Lucas desde muito pequenininho sempre gostou do Paraná Clube. Ele tem que ir a todos os jogos. Às vezes, o Bruno, meu marido, não consegue ir, eu vou sozinha para leva-lo, porque ele fica insistindo‘, contou a mãe, que também leva mais uma torcedora mirim da família para as arquibancadas. Lucas tem a companhia da irmã Maria Victoria, de cinco anos, na maioria dos jogos. Vivi faz questão de caprichar no vestido e de pintar o rosto para apoiar o Tricolor.

Lucas ganhou uma camisa do ídolo Lúcio Flávio. Foto: Marco Charneski.
Lucas ganhou uma camisa do ídolo Lúcio Flávio. Foto: Marco Charneski.

“A Vivi nem sabia falar, mas via o irmão cantar o hino do Paraná e resmungava junto, tentando cantar também”, disse Monica.

O pai de Lucas, Bruno Cordeiro Leonardo, entrega que o pequeno chega a fazer manha para conseguir ir ao jogo e a moeda de troca chega a ser o bom comportamento do menino.

“Muitas vezes já aconteceu de eu não querer ir aos jogos, mas acabo indo para leva-lo. Posso não estar animado ou pensar que o Paraná não está bom, mas ele sempre insiste, pedindo para ir. Ele promete que vai se comportar bem, que vai tirar boas notas na escola, tudo para estar na Vila”, revelou Bruno.

Lucas teve uma estreia triunfal nos jogos do Tricolor. Em sua primeira partida ele já entrou em campo com os jogadores quando ainda tinha apenas 9 meses. E para a entrada no gramado do futuro artilheiro, ninguém mais ninguém menos do que um craque para carregar o pequeno Luquinhas no colo: Lúcio Flavio. Aquele dia foi tão especial, que o meia, consagrado por sua história no Paraná, deu a camisa que vestia na ocasião para que o menino guardasse a recordação. Hoje, Lucas carrega a relíquia com orgulho. Lucas tem muitos ídolos no Tricolor, mas do elenco deste ano ele tem seu favorito. “Richard”, disse o torcedor, que sonha em ser jogador para vestir o manto paranista.

Já o pequeno atleticano Kauã Konopacki Rodrigues, de cinco anos, demorou um pouco mais para fazer a estreia na Arena da Baixada, mas nem por isso a data foi menos importante. Pelo contrário, foi mais do que especial, como contou o pai, Felipe Konopacki.

“O Kauã foi ao jogo pela primeira vez com três anos de idade. Eu esperei um pouquinho para que ele pudesse entender mais o esporte. Foi em um Atletiba e fomos campeões paranaenses”, lembrou o pai, que precisa muitas vezes controlar o fanatismo do filho pelo Furacão.
Kauã adora jogar bola e o pai, vendo as habilidades do garoto, colocou o pequeno para treinar futsal. Até aí, a história tinha tudo para ser perfeita, mas um detalhe quase fez com que o pequeno atleticano desistisse de começar a percorrer seu sonho de se tornar jogador de futebol. Kauã treina em um clube que mantém parceria com o maior rival, o Coritiba.

“Ele não queria vestir o uniforme do time de jeito nenhum. Foi uma luta. Precisei conversar muito para convencê-lo a saber separar as coisas. Eu sempre tento trabalhar na cabecinha dele essa paixão que ele tem, porque às vezes é até demais”, contou Felipe. Ainda que tenha diversos jogadores que goste muito, o atual craque do time para Kauã é um atleta de meio-campo. “Gosto do Veiga, porque ele faz bastante gols”, falou o pequeno, que já chegou a chorar e fazer birra para que o pai o levasse até a Arena da Baixada.

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O coxa-branca Pedro Bendler Martins, de nove anos, também demorou um pouco mais para entrar pela primeira vez no Couto Pereira. Mas ainda assim, a mãe, Gabriela Bender, conta que a estreia do pequeno torcedor, e de seu outro filho, João, de 11 anos, foi um momento que para sempre será lembrado pela família. “O Pedro tinha quatro anos e o irmão dele 6, então decidimos que seria a hora de irem aos jogos. Foi muito especial e, desde então, o Pedro sempre pede para a gente ir aos jogos”, contou Gabriela, que acredita que a escolha do filho pelo time partiu do pequeno. “O meu marido é muito Coxa, então desde que meus filhos são pequenos, eles vão ao estádio. Mas o Pedro teve diversas influências de outras pessoas da família que torcem por outros times, porém, a escolha pelo Coritiba foi dele mesmo”, falou a mãe.

Pedro é fã de Guilherme Parede, Wilson e Alex.
Pedro é fã de Guilherme Parede, Wilson e Alex.

Pedro gosta muito do artilheiro Guilherme Parede, mas admira Wilson e Alex por toda história de ambos no clube. O pequeno coxa-branca fez questão de comemorar o aniversário do ano passado com decoração temática do Verdão. Quando crescer, Pedro já sabe muito bem o que quer ser. “Quero ser jogador de futebol para jogar no Coxa”, disse o torcedor.

O pai do menino, Marcos Martins, já prometeu que em breve o menino fará teste em uma escolinha do Alviverde e sente por não poder ir sempre aos jogos. “Somos apaixonados pelo Coritiba, mas nem sempre podemos estar presentes, pois os ingressos são caros”, falou.

Kauã, o atleticano, é um rostinho conhecido nas arquibancadas do Joaquim Américo. Na final do Campeonato Paranaense deste ano, com a pintura metade vermelha e metade preta na face, o garotinho chamou a atenção do fotógrafo Albari Rosa, que clicou o torcedor mirim. A foto virou destaque na Tribuna do Paraná. Depois disso, ele voltou a ser entrevistado quando conheceu o ídolo Felipe Gedoz. Tanta visibilidade fez com que o pai tivesse que criar um perfil em uma rede social para o garotinho.

“A repercussão foi muito positiva. Tive que criar uma conta no Instagram para postar as fotos do Kauã com os jogadores e fotos dele nos jogos, porque muitos amigos e familiares pediram e passaram a acompanhar a paixão do Kauã pelo Atlético”, disse o pai coruja. O pequeno tem fotos com mais de 20 jogadores e membros da comissão técnica e isso, segundo Felipe, parte da criança, que pede ao pai para ir atrás dos atletas.

O pequeno Kauã já foi destaque na Tribuna. Foto: Marco Charneski.
O pequeno Kauã já foi destaque na Tribuna. Foto: Marco Charneski.

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Lucas não fica atrás. Além de colecionar desde muito pequeno fotos e autógrafos com os jogadores paranistas, acompanhou de camarote a festa do acesso, um grande momento na história Tricolor. São cerca de 50 assinaturas e fotografias que ele já tem, contabilizando diversas temporadas do time, mas a comemoração do ano passado ficará para sempre na lembrança.

“Fomos ao aeroporto recepcionar os jogadores, depois fomos para a Vila Capanema. Chegamos lá e encontramos o presidente que acabou deixando o Lucas entrar no vestiário e fazer festa com os jogadores”, contou o pai, que destaca que o garoto ficou registrado para sempre na memória dos arquivos paranistas. Na icônica foto de comemoração do acesso, na beira do gramado da Vila Capanema, Lucas estava lá, ainda que não desse para ver.

“Ele ficou atrás do Maidana. Só aparece os pezinhos dele na foto. Mas ele está lá. Já faz parte da história do Paraná Clube”, finalizou o pai, orgulhoso do filho.

Lucas, Kauã e Pedro, ainda que sejam crianças, carregam no peito o amor aos times como se fossem gente grande, mostrando que a paixão pelo futebol não tem idade.

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